A Capital do Chimarrão também é a cidade do abacate. Isso porque, com atualização dos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sobre a produção agrícola nos municípios, Venâncio Aires segue como o principal produtor da fruta no Rio Grande do Sul. A posição de liderança na produção é mantida desde 2018, e deve seguir assim, com aumento da área de cultivo.
De fato a agricultura de Venâncio Aires é diversificada, em diferentes culturas a cidade ocupa posição de destaque nos rankings do estado em produtividade e área de cultivo. Com o abacate não é diferente. Em quatro anos o município se tornou líder isolado na produção da fruta, que tem despertado atenção global.
Os dados de 2021 apontam que a Capital do Chimarrão produziu 240 toneladas de abacate. Número colhido em 20 hectares de área plantada. A cultura movimentou em 2021, R$ 557 mil, com rendimento médio de 13 mil quilos por hectare de produção. Venâncio é também o município que mais garantiu receitas a partir da cultura.
O chefe do escritório local da Emater/Ascar, engenheiro agrônomo Vicente Fin, destaca que a produção terá crescimento nos próximos cinco anos. “Tivemos novas plantações e é um cultivo que tem despertado interesse, por conta do mercado. Esta é uma cultura que vai seguir crescendo, já que novas plantas foram incluídas nos pomares neste ano.”
Desde 2020 a Secretaria de Desenvolvimento Rural tem apostado no cultivo de frutas nas propriedades. O Programa Municipal de Fruticultura direciona recursos para subsidiar os custos das mudas. Uma das culturas escolhidas para o fomento é a do abacate. Com isso, a Capital do Chimarrão terá um incremento de 2,7 hectares. “O programa subsidia 50% dos custos por planta, e vai garantir crescimento na área de cultivo e produção anual. Os abacateiros começam a produzir após cinco anos, com isso teremos um incremento produtivos pelos próximos anos em Venâncio,” explica.
PRODUÇÃO DE ABACATES EM V.AIRES
EXPORTAÇÃO
A produção de Venâncio Aires tem despertado atenção e procura, inclusive com potencial para exportação. “Há interesse pela produção venâncio-airense, inclusive com procura para exportação, porém, as colheitas atuais estão comercializadas, especialmente na Ceasa. Com o aumento da produção poderemos ter novos mercados,” comenta o representante da Emater.
Atualmente o desafio também é ampliar os tipos de abacates produzidos no município, buscando também diversificar os períodos de colheita. Na cidade os tipos mais produzidos são Fortuna, Margarida e Quintal. O Ouro Verde também tem registrado aumento da área produzida. Com essa diversificação das variedades, será possível garantir ciclos maiores de colheita e consequentemente atender demandas diferentes do mercado.
PAÍS
No Brasil a produção de abacates tem crescido. São mais de 3,4 mil pés da planta catalogados para fins comerciais. São Paulo é o principal estado produtor. Em 2021 a cultura movimentou no país R$ 710 milhões, crescimento de 50% frente ao ano anterior. O rendimento médio nacional é de 16,6 mil quilos por hectare, com 300,8 mil toneladas colhidas ao longo de 2021.