Taxa de inadimplência em Venâncio Aires está em 23,65%

Olá Jornal
julho30/ 2022

As dificuldades econômicas afetam a oferta de crédito e dificultam o pagamento de contas. Em Venâncio Aires a taxa de inadimplência está em 23,65% segundo dados da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços (Caciva), a partir de pesquisa da FCDL. Atualmente 13,3 mil consumidores possuem algum tipo de restrição de CPFs no banco de dados. No total são 56,5 mil cadastros ativos no município.

O percentual de Venâncio Aires está menor do que a média gaúcha. No estado, 28,16% dos consumidores estão inadimplentes e estão incluídos em restrições de crédito. São contabilizados apenas CPFs de pessoas com 18 anos ou mais, utilizando como base de dados a Boa Vista Serviços.

Segundo a gerente da Caciva, Lisete Stertz, a orientação para empresários é de informar clientes em débito e incluir nos serviços de restrição. “Se não houver restrição, a dívida pode aumentar, dificultando ainda mais a negociação dos valores. Sempre orientamos os empresários a realizar a negociação com o cliente.”

A classe social com maior número de clientes inadimplentes é a D, são mais de 6,3 mil pessoas no banco de dados com restrição de crédito no município. A classe possui renda de meio salário mínimo. A maior parte dos clientes inadimplentes está na faixa etária dos 25 aos 29 anos. São 1.725 consumidores neste grupo. Na sequência aparece o grupo dos 30 aos 34 anos, com 1.725 pessoas no banco de dados. O público masculino em Venâncio Aires é o maior em número de consumidores com restrição de crédito.

REGIONAL
Conforme o presidente do Sindilojas-VRP, Mauro Spode, a tendência é de uma alta no percentual de inadimplência, pelo menos até o fim do ano. Segundo ele, o mercado já esperava esse aumento desde o fim do ano passado. “Vale ressaltar que esse ritmo de crescimento poderia até ser maior se não fosse a melhora recente observada nos números do mercado de trabalho, algo que o início da guerra entre Rússia e Ucrânia colocou em xeque”, destaca.

Com o desemprego em alta, a tendência é de que a taxa de inadimplência continue subindo até o fim do ano. “Embora a redução na quantidade de desempregados seja positiva, ela ainda não é suficiente para anular o impacto da inflação e dos juros elevados sobre a renda,” projeta Spode.

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