O volume de tabaco a ser exportado neste ano pode ser maior do que o ano passado, superando 500 mil toneladas. Isso porque ainda há embarques não realizados em 2021 que precisam ocorrer em 2022, o que resultou em um total de 464.429 toneladas exportadas no ano passado gerando US$ 1,464 bilhão em divisas. O volume foi 9,69% menor comparado a 2020, quando foram 514.287 toneladas embarcadas.
De acordo com o presidente do Sinditabaco, Iro Schünke, embora ainda seja cedo para definição, a tendência é de que os números passados sejam superados. “Em janeiro tivemos 71.630 toneladas embarcadas, isso nunca aconteceu nos últimos cinco anos. Então se considerarmos o alto volume comparado com a média dos últimos anos, podemos passar de 500 mil toneladas”, avalia.
A matemática das exportações está sendo impactada pelas dificuldades logísticas globais como alto preço do frete marítimo e a falta de contêiner, cenário enfrentado desde o ano passado quando os mercados voltaram a operar normalmente desde a pandemia.
Atualmente, segundo Schünke, há contêineres disponíveis no entanto não chegam até o sul do país pois priorizam portos com maior demanda comercial. “Ainda estamos sujeitos aos problemas logísticos, por isso tudo vai depender da situação nos próximos meses”.
VENÂNCIO
Em Venâncio Aires, o primeiro mês do ano também foi de crescimento nas exportações chegando a 23,2% comparado com janeiro de 2021. O mês movimentou US$ 90,73 milhões, fruto de vendas contratadas dificuldades de embarques, estão sendo contabilizados ainda no primeiro trimestre de 2022.
O tabaco representa 97% do total negociado por empresas de Venâncio com o mercado exterior, são mais de US$ 88 milhões. Entre os destinos, 37% foi para a China, com US$ 33,6 milhões. Na segunda posição de embarques está a Bélgica, que representou 22,7% dos destinos, com mais de US$ 20,6 milhões. O país é porta de entrada do tabaco para o mercado europeu.