Pela primeira vez, o Brasil vai celebrar a Semana da Agricultura Familiar, de 19 a 24 de julho. Criada pela Lei 13.776/18, de autoria do deputado Heitor Schuch (PSB/RS), a data tem o objetivo de colocar o setor em evidência, destacando sua importância social e econômica. E também provocar um debate sobre as dificuldades enfrentadas.
Uma série de discussões, palestras e seminários serão realizados em todos o país, promovidos pela Frente Parlamentar da Agricultura Familiar, em parceria com a Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e as Federações dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag). Por causa da pandemia, esses eventos acontecerão de forma virtual. Cada Estado estará organizando suas próprias ações. No Rio Grande do Sul, a Fetag fará a entrega de alimentos doados por agricultores familiares para entidades carentes. Também será lançada uma Carta Aberta à sociedade gaúcha, chamando atenção para a importância da categoria.
De acordo com o deputado Heitor Schuch, autor da lei e presidente da FPAF, além de servir de espaço para que se discutam gargalos – como crédito, renda, infraestrutura, assistência técnica e extensão rural, habitação, educação, legislação sanitária, capacitação e profissionalização, entre outros – a ideia da Semana é aproximar o público urbano do meio rural. “Temos que divulgar a agricultura familiar. O consumidor precisa saber da onde vem a sua comida, conhecer a realidade de quem as produz e, especialmente, valorizar essas pessoas”, destaca.
O parlamentar lembra que o setor responde por 70% da produção de toda alimentação que vai à mesa dos brasileiros, mesmo detendo apenas 30% da área de terra agricultável. “Com essa lei conseguimos cumprir uma das metas do mandato, de mostrar para o país o quanto representa a agricultura familiar, tanto para a qualidade alimentar da população quanto para o PIB brasileiro”, afirma Schuch. “Queremos uma agricultura geradora de empregos e que produza com qualidade e eficiência”.
CRÉDITO: AI Heitor Schuch/PSB