A proposta do Governo do Estado em privatizar a Companhia Riograndense de Abastecimento e Saneamento (Corsan) tem gerado debates entre as lideranças políticas. Em Venâncio Aires, por meio da Câmara de Vereadores, já foram encaminhadas moções aos deputados estaduais, defendendo a continuidade das atividades da estatal de forma pública. Nesta segunda-feira, 17, funcionários da empresa estiveram no Parlamento Municipal e utilizaram a tribuna para apontar os riscos à prestação do serviço, se o projeto for concretizado.
O Diretor Regional do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto do Estado do Rio Grande do Sul (Sindiágua/RS), Sérgio Ricardo D´Avila Krug, participou da sessão. Na oportunidade destacou a importância dos vereadores participarem dos debates sobre a privatização da companhia. “A Corsan é uma empresa social, não visa lucro, e sim busca investir em melhorias. A Câmara de Vereadores é responsável também pela fiscalização dos contratos da Corsan. É importante os vereadores cobrarem participação neste processo.”
Conforme o dirigente, a empresa passará por uma readequação de contratos já firmados, projetando a venda da companhia. “Não precisamos privatizar. A Corsan é sólida, robusta, tem condições técnicas e de manter o saneamento do nosso estado pelos próximos anos. Cobrem o prefeito a participação neste debate.”
Os pontos em debate no Estado objetiva também aprovar no Parlamento Gaúcho projeto de lei que elimina a necessidade de plebiscito para a venda de empresas públicas. A medida foi aprovada em primeiro turno. Outro debate engloba a necessidade de investimentos na área de saneamento, que a Corsan não conseguiria realizar. Entretanto, segundo o SindiáguaRS, até 2033 a empresa deverá registrar mais de R$ 14 bilhões em receitas positivas.