Nesta quarta-feira, dia 30 de janeiro na Tailândia, estará em discussão a criação da Convenção-Quadro para o Controle das Bebidas Alcoólicas. Por vezes a perseguição ao cigarro foi questionada, já que o consumo de álcool não tem tantas restrições. Agora o assunto poderá ganhar debates dentro da Organização Mundial da Saúde (OMS), assim como ocorreu com o tabaco. O assunto será discutido por ONGs, associações, representantes de governos e a própria Organização das Nações Unidas (ONU).
Entidades de saúde discutem hoje a criação de um tratado global para diminuir o consumo de bebidas alcoólicas. Uma maior compreensão dos determinantes comerciais da saúde, a necessidade de coerência política e colaborações para promover o imposto de consumo através do tabaco, açúcar e álcool são todos indicadores do ambiente em mudança. No entanto, a indústria do álcool está muito presente na arena da governança global, refletindo a falta de consciência da extensão do conflito de interesses que define sua atividade anti-saúde.
A contribuição do álcool para a carga de saúde e desenvolvimento e a alavancagem da indústria do álcool é capaz de afirmar na governança da saúde global faz do álcool um candidato óbvio para um instrumento internacional juridicamente vinculativo semelhante ao da Convenção Quadro sobre Controle do Tabaco (FCTC).
Integram as discussões neste primeiro momento, a Fundação Tailandesa de Promoção da Saúde, Aliança Global da Política do Álcool (GAPA), a Rede do Terceiro Mundo, IOGT International, o Programa Internacional de Políticas de Saúde (IHPP) e a Autoridade Nacional do Tabaco e do Álcool (NATA) do Sri Lanka.
A partir destas discussões, o grupo buscará apoio dos governos para listar países dispostos a integrarem o tratado.