Em todas as regiões do país, milhares de brasileiros transformaram a rota da chama Olímpica em uma festa de diversidade multicultural. Um exemplo para o mundo em um momento de conflitos étnicos. O revezamento da tocha Olímpica pelo Brasil completa 60 dias nesta sexta-feira, 1º de julho.
Em dois meses, o símbolo de paz dos Jogos já percorreu 185 cidades em 24 Estados, além do Distrito Federal. Soma uma trajetória de 17 mil quilômetros pelas mãos de mais de 7 mil condutores. Em Goiás, primeiro estado que a tocha percorreu após a capital Brasília, ganhou uma saudação típica da tradição boiadeira. O berrante anunciou o revezamento em Itaberaí. O instrumento é usado na condução do gado, mas também é presença marcante em festas de peão em Goiás e outros estados do Brasil.
A histórica Diamantina, em Minas Gerais, saudou a passagem da tocha com a Vesperata, evento que acontece na cidade desde o século 19, com músicos que tocam nas sacadas do casario histórico para o público na rua. No Bahia, o ritmo contagiante e as cores do Olodum bateram seus tambores para a tocha no Pelourinho, ponto turístico e patrimônio histórico de Salvador.
Ainda no Nordeste, a cultura sertaneja se fez presente em Poço Redondo, Sergipe, onde grupos infantis de mini cangaceiros vestidos Lampião e Maria Bonita, fizeram apresentações de xaxado, ritmo que nasceu em Pernambuco, mas ganhou o Nordeste levada pelos cangaceiros. Mirele Araújo, de 11 anos, explicou o que é a dança para a cidade.
Rio Grande do Sul
De 3 a 9 de julho, a tocha olímpica vai passar por 28 cidades do Rio Grande do Sul. O trajeto começa em Erechim, no norte do Estado, e termina em Torres, com seus paredões rochosos à beira-mar.
Antes, passará por locais representativos do turismo gaúcho como a capital, Porto Alegre; a serra, por Gramado, Canela e Bento Gonçalves; as cidades da região de São Miguel das Missões, patrimônio da humanidade; e os pampas gaúchos, representado por Caçapava do Sul.
A região dos vales está no roteiro, quando no dia 5 de julho a tocha passará por Encantado, Lajeado e Santa Cruz do Sul.
Foto: Rio 2016