Sine: uma porta de entrada para superar a escassez de vagas

A busca por empregos é uma constante, seja onde for, e com uma realidade de recessão nas vagas disponíveis a porta de entrada para muitos é a agência do FGTAS/Sine. Em Venâncio Aires a realidade de deficiência por postos de trabalho é um reflexo da atual escassez, porém, oportunidades ainda estão no horizonte e para muitos o único caminho.

Coordenador da unidade local, Adriano Costa diz que apesar da realidade atual, em que o Brasil saiu de um momento de pleno emprego, as vagas ainda são disponibilizadas com frequência. “A gente está beneficiado aqui ainda pela questão principalmente dos frigoríficos, que é quem mais abre vagas hoje, e os abatedouros de aves”.

As vagas por muitas vezes são de empresas localizadas na região, como Mato Leitão, Santa Cruz do Sol e Lajeado, ou até mesmo mais distantes, como Garibaldi. Segundo Adriano, em média os frigoríficos têm aberto 60 vagas/mês. Essa quantidade, em parte também se dá em função da rotatividade de trabalhadores. Em alguns meses, como em janeiro, chegaram a ser 120 postos.

SAFRA
Em se tratando diretamente de Venâncio Aires, Adriano estima que aproximadamente 45 vagas em média abram por semana oriundas de empresas locais. Nesta época do ano, o município vive ainda um ‘boom’ na geração de empregos em função da safra de tabaco nas indústrias.  “Muitos trabalhadores quando saem da fumageira vêm direto ao Sine, o que gera um fluxo enorme por janeiro e fevereiro de busca de empregos. Em setembro e outubro começa de novo esse processo”, explica o coordenador, que calcula em cerca de cinco meses em média dessas pessoas atuando como safristas.

Com essa alta, Venâncio tinha até março (em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) uma realidade de 14.250 postos de trabalho sendo ocupados. “Só que ele não reflete bem a realidade dos empregados, pois tem muitos que vão para fora do município trabalhar”, complementa Adriano, no aspecto de que muitos moradores ocupam vagas de emprego fora.

CARTEIRAS
A confecção das carteiras de trabalho em Venâncio Aires é outro envolvimento do Sine, no qual em torno de 10 novas são encaminhadas por dia. Conforme explica Adriano Costa, no momento do cadastro a pessoa já sai do local informada no protocolo sobre o dia de retirada do documento. “São cerca de 20 dias corridos pra ficar pronta”.

A unidade inclusive atende ao meio-dia, estudantes que não podem vir pela manhã ou trabalhadores que estão em horário de serviço, mas precisam fazer nova carteira. Em contrapartida, a agência possui um elevado estoque deste documentos que não são mais retirados pelos trabalhadores. “Nós contabilizamos no começo do ano cerca de 300 carteiras, só que neste meio tempo algumas já foram entregues. A maioria é de 2016, mas temos desde 2012 aqui guardadas”.

Além disso, Venâncio produz e atende a microrregião, como pessoas de Boqueirão do Leão, Vale Verde, Passo do Sobrado e Mato Leitão. “Em alguns casos vem gente de Lajeado e Santa Cruz do Sul também, em função da urgência”.

Aqueles que necessitam fazer a 1ª carteira de trabalho precisam ir ao local munidos do RG, CPF, comprovante de endereço, certidão de nascimento ou de casamento. No caso da 2ª carteira, em caso de perda, roubou ou outro motivo é preciso apresentar o boletim de ocorrência e um relatório da última carteira, que o INSS fornece ao trabalhador.

Guilherme Siebeneichler