Viaduto 13, uma aventura que vale a pena ser trilhada

Janine Niedermeyer
janeiro16/ 2017

Opções para viajar não faltam quando chegam as merecidas férias. O destino principal para quem mora por Venâncio Aires e região são as praias gaúchas e catarinenses. Porém, pra quem prefere percorrer outras rotas ou até mesmo intercalar entre um litoral e outro, a indicação é um passeio pelo Viaduto 13, em Vespasiano Corrêa (que fica entre o Vale do Taquari e a Serra Gaúcha).

Local com bom fluxo de pessoas no verão, o ponto turístico merece um dia dedicado a explorá-lo, com direito a muita caminhada. Para quem parte da Capital do Chimarrão, são cerca de 1h45min de carro até chegar ao espaço, com uma vista encantadora. Junte os amigos e vá aproveitar, sendo que basta seguir a RSC-453, depois as ERS-129 e 130, passando pelos municípios de Cruzeiro do Sul, Lajeado, Arroio do Meio, Encantado, Roca Sales e Muçum.

Muçum que aliás é por onde também passam os trilhos construídos pelo Exército Brasileiro na década de 1970. Até lá são dois pedágios da EGR pelo caminho, ao preço de R$ 5,20 para veículos de passeio. Ao se deparar com o trevo de acesso a Muçum, você segue mais uns metros à frente e verá uma placa sinalizando a entrada à esquerda para o Viaduto, indicando ainda mais 9km de trajeto, sendo a maior parte de estrada de chão.

Paisagens

Nesse trecho de chão e pedras, a vista traz belos cenários, com agroindústrias, símbolos religiosos, muita plantação de soja e o Rio Guaporé. Chegando ao Viaduto 13, você já se depara com a imensa estrutura, que lhe faz parecer uma formiga, ao olhar os 143 metros de altura da ferrovia. Nesta primeira parada, é possível deixar o carro nas sombras das árvores e seguir a pé até a parte de cima do viaduto (são cerca de 15min só de subida a pé) ou então ir com o carro mesmo.

No acesso ao Viaduto 13 a opção é seguir primeiro à esquerda pelos túneis escuros (necessário estar munido de lanternas) ou para direita, caminhando sobre os trilhos do viaduto. Nos túneis, a temperatura é muito agradável, o que de certa forma ameniza a caminhada pelo trajeto, que vai por uma longa extensão.

Para o lado do viaduto, proteção contra o sol não pode faltar, mas tudo compensando pela vista incrível que se tem ao avistar de um lado o Rio Guaporé e acima as cascatas que descem sob o viaduto. Esportes de aventura são opções para quem deseja emoções mais fortes.

Bom bate-papo e comida

Quem for almoçar pela região do viaduto, dois restaurantes estão pelo caminho da estrada de chão, antes de chegar ao local. O mais próximo é o denominado “Encontro de Amigos”, beirando o Rio Guaporé, onde é possível saborear uma ala minuto bem caseira, com bife, ovos, fritas, arroz, feijão com milho, salada e pão de forno. O valor é de R$ 17,00 por pessoa e um refrigerante de 2 litros é possível tomar por R$ 8,00.

Em conversa com o proprietário do local, a produção agrícola foi pauta, uma vez que chamou a atenção as inúmeras plantações de soja. Porém, ele afirmou que era um dos poucos que ainda plantava tabaco na região. “Mas será meu último ano, pois a mão de obra por aqui está cada vez pior e quando se acha alguém, ainda tem muita incomodação com questões trabalhistas”.

A intenção do dono do restaurante também é abrir um caminho de chão por entre uma de suas terras, que dará acesso direto ao Viaduto 11, alguns quilômetros antes do 13. Aliás, o informado é de que são 17 viadutos no total, onde a média é de que passe um trem por dia no local, hoje administrado pela América Latina Logística (ALL).

Cascatas

Na parte da tarde, do passeio, a opção foi curtir as cascatas que estão sob o Viaduto 13. Um trajeto para boas caminhadas e mergulhos refrescantes em águas rasas. Oportunidades não irão faltar para fazer registros em fotos e o melhor, é que o acesso aos locais é gratuito. Apenas em uma das áreas, para acampamento, é feito a cobrança de R$ 8,00 por pessoa/dia.

Foto: Maicon Nieland

Janine Niedermeyer