Venâncio possui escolas públicas sem banda larga, banheiros adequados e quadras cobertas, aponta estudo do TCE

Olá Jornal
junho30/ 2021

Levantamento do Comitê Técnico da Educação do Instituto Rui Barbosa (IRB), organização ligada aos Tribunais de Conta (TCEs) do país, identifica as condições das escolas para o cumprimento dos protocolos de segurança frente à pandemia. As informações apuram todas as instituições educacionais do país através das redes públicas. Em Venâncio Aires o mapeamento englobou 56 escolas, sendo 34 municipais e 22 estaduais. A melhor situação de infraestrutura está entre os educandários administrados pelo Município.

O estudo apresenta dados extraídos do Censo Escolar 2020 e detalha como estão as conexões à internet, acesso a redes de esgoto e banheiros, energia, água potável e estruturas para práticas esportivas. Na Capital do Chimarrão o levantamento contempla mais de 10,3 mil estudantes, nas redes municipal e estadual.

Em Venâncio Aires, das 34 escolas municipais analisadas pelo levantamento, apenas 04 não contam com internet banda larga. Outras 11 não possuem pátio ou quadra coberta para atividades de recreação e esportiva.
A situação das escolas estaduais no município possui maior demanda por infraestrutura. Das 22 escolas públicas analisadas, 12 não contam com internet banda larga, seis não possuem banheiros adequados, 17 não contam com água potável e 20 estão sem quadra ou pátio cobertos.

MELHORIAS
O secretário municipal de Educação, Emerson Elói Henrique, explica que os problemas de banda larga devem ser supridos nos educandários por meio de um novo pacote de conexão de internet contratado pelo Município, em licitação realizada no início do mês. A malha deve cobrir todos os educandários da rede. “Este pacote deve contemplar todas as escolas municipais com conexão de 300 megas de download e outros 150 de upload, por unidade. Algumas escolas contavam com serviços de internet oferecidos diretamente pelo Ministério da Educação, este modelo seguirá em quatro escolas,” explica.

Sobre as quadras cobertas, o gestor afirma que a situação é uma demanda das escolas, entretanto, os custos acabam inviabilizando o investimento, especialmente nas escolas de menor porte. “Hoje a maior parte das escolas que não contam com quadras cobertas possuem ginásios de comunidades próximas, que também são utilizadas pelos estudantes,“ explica.

A pasta também anunciou em abril um pacote de R$ 700 mil para realização de reformas nas escolas. O investimento engloba reparos na estrutura, pintura e melhoria na rede elétrica.

ESTUDO
Foram analisadas informações de 137,7 mil escolas e de 38 milhões de estudantes no país. No estado, das mais de 7,1 mil escolas presentes no mapeamento, 353 não tem banheiro. Em 21 instituições de ensino (todas da rede municipal), não há esgoto (rede pública ou fossa). As informações foram apresentadas pelo comitê na última semana.

O órgão ainda diz que mais de 2,1 mil não contam com água potável, enquanto 22 não têm sequer abastecimento de água, seja ele público ou por meio de poço artesiano, cisterna ou fonte. Quanto à internet, o mapeamento detectou 282 escolas sem qualquer tipo de conexão, seja para uso dos alunos, administrativo ou da comunidade.

Com relação a banda larga, são quase 1,5 mil sem internet de qualidade, o que representa 20,8% das instituições de ensino analisadas. Na avaliação do TCE, o acesso a rede de computadores é fundamental para o ensino remoto, modalidade adotada pelas escolas na pandemia.

Sobre as quadras, o tribunal sugere que o espaço seja uma alternativa para atividades pedagógicas mantendo o distanciamento social entre professores e alunos. Porém, 59% de todos os colégios gaúchos não contam com coberturas. O principal gargalo é na rede estadual, com 82,8% dos colégios sem essa estrutura.

Com informações TCE/RS

FOTO: Pxhere

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