Em Venâncio Aires são tratados por dia cerca de 9 milhões de litros de água. Mas nem toda esse volume chega aos moradores do município. A projeção atual da gerência local da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) é de perdas de 30% no abastecimento de água potável. Porém, ações buscam garantir redução neste percentual.
Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), ano base 2018, o estudo mostra que a média de perda de água potável no país foi de 38,45%, ou seja, para cada 100 litros de água captada, tratada e potável, 38 litros não chegam de forma oficial a ninguém, se perdem em vazamentos, roubos (“gatos”), fraudes, erros de leitura dos hidrômetros, entre outros problemas. Em 2018, isto significou perda de 6,5 bilhões de m³, equivalente a 7,1 mil piscinas olímpicas por dia. A perda de faturamento total foi de R$ 12 bilhões, equivalente aos recursos investidos em água e esgotos no Brasil naquele ano.
No Rio Grande do Sul, a média de perdas é de 41%. Para garantir melhorias nas redes e evitar perdas no serviço de abastecimento de água tratada, o Instituto Trata Brasil projeta reduções nos percentuais. A meta é de garantir até 2033 perdas de água potável em 15%.
As estratégias locais para garantir menos perdas nas redes envolve modernização dos encanamentos, melhorias em equipamentos e maior planejamento nas obras. “Temos várias frentes de trabalho que envolve a rede de água e esgota. Isso precisa ser feito analisando o mapa das redes para evitar perfurações nas redes de abastecimento. Com isso, evitamos rompimentos com o uso de máquinas pesadas, por exemplo,” explica Ilmor Dörr, gerente local da Corsan.
NOVA REDE
Outro ponto que tem demandado atenção das equipes da estatal em território venâncio-airense é a modernização das redes. Utilização de novos canos nas redes buscam evitar rompimentos em redes antigas. “Estamos realizando a substituição de diversas redes de água. Já verificamos uma diminuição dos vazamentos e este trabalho será mantido. Ele ocorre em diversos bairros e regiões do município. A troca de canos, por novos, de plástico e fibra garantem mais segurança,” explica Dörr.
As regiões nas proximidades do estádio Edmundo Feix, ao longo da rua Visconde do Rio Branco e no entorno da Escola Monte das Tabacas, serão as próximas a receber este tipo de investimento. A ideia é diminuir os casos de rompimentos e perdas com a substituição dos canos nestas áreas.