Há 10 anos Venâncio Aires aparece em destaque na produção agrícola de lavouras temporárias. Apesar da pequena quantidade, comparada a outras culturas, o município liderou em 2019, a produção de Ervilhas e Fava no Rio Grande do Sul. Os dados estão compilados nos boletins informativos de produção agrícola do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), baseado em informações repassadas por órgãos públicos e entidades de assistência agrícola, no caso venâncio-airense, a Emater/Ascar.
Tradicionalmente, no caso da produção de ervilhas, desde 2010, o município líder foi São Miguel das Missões. Em 2018 a produção foi de 204 toneladas, frente às 8 toneladas da Capital do Chimarrão. Em função da estiagem, a cultura sofreu prejuízos e inclusive perdeu área cultivada. Em 2019, a produção da cidade missioneira nãoentrou no ranking. Por isso, Venâncio Aires passou a liderar na cultura, com 8 toneladas colhidas.
A produção de 2020 ainda está sendo contabilizada, mas deve reduzir no território venâncio-airense, desta vez por conta da enchente. Os dados devem ser divulgados em fevereiro de 2021. “Este tipo de cultivo está presente na região do segundo distrito, que sofreu no último ano com enchente. Em Venâncio este tipo de produção ocorre para fins comerciais específicos para uma empresa,” explica o chefe do escritório local da Emater/Ascar, o engenheiro agrônomo Vicente Fin.
A produção de ervilhas no município registra queda desde 2011, quando teve o seu auge. No total, naquele ano foram colhidas 18 toneladas do produto.
“Esta cultura tem diminuído no estado e necessita de um programa específico, para incentivar os produtores. Nos próximos anos é uma ação que deverá ser implantada, pois tem desaparecido em algumas regiões,” argumenta Fin.
FAVA
Diferente da ervilha, a produção de Fava ocorre para consumo próprio. A cultura está ligada a colonização portuguesa, e faz parte da agricultura familiar. Em 2019 Venâncio Aires registrou a produção de 18 toneladas, liderando o cultivo no Rio Grande do Sul. Isso pode ocorrer, porque a cultura não tem escala comercial, e por isso acaba ficando de fora dos registros oficiais acompanhados pelas entidades de assistência técnica rural e o próprio IBGE.
A produção de Fava já alcançou as 30 toneladas, em 2011, se mantendo até 2014. A partir daquele ano entrou em declínio e mantém a média em 18 toneladas colhidas desde 2018. Os dados de 2020 deverão ser finalizados no próximo mês, e devem registrar redução, por conta da estiagem e posterior enchente na região do segundo distrito.