A safra de arroz em Venâncio Aires já está crescendo nas lavouras. No município o atual ciclo terá a mesma área plantada, que no anterior. Porém, a estimativa da Emater/Ascar é de crescimento de 7,5% na produção. Isso ocorre por conta das condições climáticas. No ano passado, a estiagem prolongada afetou a produção nos campos venâncio-airenses.
Nesta safra, a projeto é de plantar arroz em 1.950 hectares, entre produção comercial e de consumo. A expectativa é de colher 15.910 toneladas. Na passada, a produção ficou em 14.800 toneladas. Atualmente estão produzindo na cidade, de forma comercial, 60 famílias. A média de produção por hectare deve alcançar até 8,6 mil quilos.
A produção de arroz em Venâncio Aires deve movimentar neste ano mais de R$ 4,4 milhões. No Valor Bruto de Produção Agrícola (VBPA) de 2021 a produção com o grão registrou receitas históricas. Fechou em quase R$ 5,8 milhões gerados. O valor foi alcançado por conta da valorização do produto no mercado interno brasileiro. Em média, nos últimos 15 anos, a cultura representa cerca de 1,5% do total de receitas movimentadas com o setor primário em Venâncio Aires.
ESTADO
Diferente de Venâncio Aires que vai manter a sua área de produção, o Rio Grande do Sul vai perder 11% das lavouras. Os dados da safra 2022/23, que começou a ser semeada em agosto, segundo a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), deve representar pelo menos 100 mil hectares a menos. Já na soja a semeadura deve chegar a 500 mil hectares.
“Os custos estão altos e a rentabilidade é baixa em relação à soja. O custo de implantação por hectare de soja é a metade do valor do hectare de implantação do arroz. A entrada da soja no sistema permite ao produtor alocar custos, baixando custos de produção. A soja ajuda na fertilidade do solo e isso faz diminuir a incidência de invasoras resistentes, diminuindo o custo e aumenta a produtividade do arroz no ano seguinte. Esse sistema chegou para ficar no estado”, destaca o presidente Alexandre Velho.
O Rio Grande do Sul, maior produtor de arroz do Brasil, responsável por 70% do total, deve plantar a menor safra dos grãos dos últimos 11 anos.