Nos últimos anos, durante as eleições, a Justiça Eleitoral realiza modificações nas seções. No pleito de 2018 três seções em Venâncio Aires, por exemplo, foram excluídas. Naquela oportunidade as modificações envolviam o baixo número de eleitores nas urnas. Agora, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul, anunciou que irá excluir mais de 3,6 mil urnas eletrônicas do estado.
Os equipamentos serão encaminhados para outros estados. Por isso, a medida levará a uma redução de 4 mil seções eleitorais em território gaúcho para as eleições deste ano. Segundo estimativa do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS), cada seção no Estado passará a atender, em média, 400 eleitores. Até então, eram 300 votantes. Em alguns casos, esse número poderá chegar a 450 eleitores. Com isso, a 93ª Zona Eleitoral aguarda as determinações e avalia quais seções terão modificações. As mudanças deverão concentrar em menos espaços os colégios eleitorais, em especial no perímetro rural, que concentra menor número de eleitores por local.
Conforme o chefe do cartório eleitoral de Venâncio Aires, Eduardo Mosman, a alteração ainda está em avaliação e deverá ser anunciada nos próximos dias. No pleito municipal de 2016 a Capital do Chimarrão contou com 176 seções eleitorais. A Sociedade de Leituras é o principal colégio eleitoral. No espaço estão oito seções que movimentam 3.039 pessoas. O Grêmio Recreativo Sete de Setembro vem na sequência, com mais de 2,7 mil eleitores registrados e sete urnas eletrônicas. As perdas de urnas em avaliação na 93ª Zona abrangem também os municípios de Boqueirão do Leão e Mato Leitão.
Com a redistribuição, o Rio Grande do Sul ficará com cerca de 29 mil urnas distribuídas em 24 mil seções, conforme dados do TRE-RS. Como consequência, haverá redução no número de mesários. O TSE tentava ampliar a disponibilidade de urnas eletrônicas, mas a licitação aberta ainda em 2019 está travada por questionamentos judiciais. Por isso, não há perspectiva de aquisição dos novos equipamentos ainda em 2020.
SEM BIOMETRIA
Apesar de admitir que o ideal seria haver mais urnas, a Justiça Eleitoral analisa medidas de segurança sanitária para o pleito. A principal delas é o não uso da biometria, que demanda mais tempo de permanência do eleitor na seção, que deve se somar à ampliação do horário de votação. O TSE estuda mudar o fim do horário de votação das 17h para às 20h, com mais três horas para o atendimento dos eleitores. A Corte eleitoral também estuda adotar uma faixa de horário específica para votação dos grupos de risco para coronavírus. A votação ocorre no dia 15 de novembro.