Venâncio Aires se mantém entre os principais produtores de aipim do Rio Grande do Sul

Olá Jornal
novembro23/ 2022

Ao longo da última década, Venâncio Aires ocupa as principais colocações em ranking gaúcho para a produção de aipim. A cidade em diversas oportunidades, desde 2009, foi o principal município produtor em área cultivada. Os dados são do IBGE para a produção agrícola das cidades. As informações mais recentes colocam a Capital do Chimarrão como a segunda em área plantada com mandioca no Rio Grande do Sul. São 1.350 hectares de lavouras com a principal planta alimentícia do país. Quando os dados levam em consideração a quantidade de produção, a Capital do Chimarrão ocupa a terceira posição, safra de 2021, produzindo 29,7 mil toneladas. A liderança ficou com o município de Agudo, que colheu 36 mil toneladas. Já Santa Antônio da Patrulha, encerrou o ciclo de produção com 30 mil toneladas.
A área plantada com aipim em Venâncio Aires já foi maior, segundo os levantamentos do IBGE. Em 2006, por exemplo, eram 2.450 hectares de área cultivada. No ano de 2014 essa produção ocupou 2.200 hectares. Quatro anos depois, o cultivo de aipim teve uma queda brusca, encerrando 2018 com 1.350 hectares de área, a mesma verifica em 2021.
A expectativa do escritório local da Emater/Ascar é queda na área plantada, em especial com a valorização de mercado de outras culturas. Neste ano a cultura deve ocupar menos de 1,3 mil hectares, com produção média de 2,6 mil toneladas. Os dados levam em consideração as lavouras com foco comercial. Atualmente 208 famílias estão ligadas à cultura.

REDUÇÃO
No atual ciclo de produção a projeção é de redução na área de cultivo, e com diminuição da produtividade. “Vai ter redução de produção, em função do clima muito chuvoso no início do cultivo. E também redução da área plantada com aipim, que perdeu espaço para o trigo e após a soja. A projeção aponta para ao menos 200 hectares de diminuição na área plantada,” explica o engenheiro agrônomo e chefe do escritório local da Emater/Ascar, Vicente Fin.
Prejuízos no cultivo por conta do clima, menos área de plantação, e falta de mão de obra também fazem a cultura do aipim perder espaço no campo venâncio-airense. “O aipim exige muito esforço para o manejo, por isso também há redução no número de famílias que realizam o plantio,” destaca.

PAÍS
O Rio Grande do Sul aparece em destaque no cultivo de mandioca no país. Atualmente ocupa a quinta posição entre os estados produtores, com 842.953 toneladas colhidas na última safra. A liderança isolada é ocupada pelo Pará que encerrou a safra passada com 4.053.932 toneladas.

VALOR DE PRODUÇÃO
A cultura tem registrado crescimento nas receitas geradas desde 2018. Naquele ano a cultura movimentou R$ 1,3 milhão em Venâncio. No ano seguinte, em 2019, R$ 1,82 milhão. Em 2020 as receitas geradas alcançaram R$ 2,64 milhões. E em 2021 a cultura gerou R$ 2,93 milhões. Os dados parciais do Valor Bruto da Produção Agrícola (VBPA) apontam que neste ano, até julho, a produção movimentou R$ 1.695.992,22.

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