A solidariedade faz parte da história de Venâncio Aires desde sua fundação. Começa com a doação de uma área, onde começou o núcleo urbano do município, feito por Brígida Joaquina do Nascimento em 1864. A partir deste ato solidário, com a doação de terras começa também a formação da Capital do Chimarrão que completa neste sábado, 11 de maio, seus 133 anos. A presença comunitária faz parte da construção do município, que neste momento de calamidade, mostra novamente a sua força. É a partir da solidariedade que o primeiro apoio aos atingidos pela enchente histórica é feito. Clubes de serviços, voluntários e empresários fazem deste momento uma ampla corrente, que mostra o papel social da cidade no suporte dos seus habitantes.
Neste momento a corrente de apoio formada para auxiliar desabrigados pelos temporais – que desde o dia 29 de abril causam prejuízos no Rio Grande do Sul – muitas mãos se unem para amenizar os impactos de pessoas atingidas. Um dos primeiros braços envolvidos na organização do espaço de recebimento de doações de Venâncio Aires, no Pavilhão São Sebastião Mártir, foram os clubes de serviços. Junto com voluntários, organizam doações, direcionam roteiros e garantem abastecimento com os itens prioritários.
Segundo a vice-prefeita Izaura Landim (MDB), que junto com a primeira-dama Janete da Rosa, lideram os trabalhos no local, o trabalho de solidariedade garante o primeiro suporte aos atingidos pelas enchentes. “São as doações e o trabalho de voluntários que garantem suporte para as vítimas nos primeiros dias. As primeiras doações encaminhadas aos desabrigados ou afetados pelas enchentes são feitas pela nossa comunidade. É a mais rápida, nossa sociedade é muito colaborativa,” comenta Landim.
DEMANDAS
Nesta sexta-feira, 10, o pavilhão São Sebastião Mártir tinha demanda por doações de itens para limpeza, pás, rodos, vassouras, detergente, vinagre, itens de higiene pessoal e luvas. Os produtos são importantes para o retorno das pessoas que ainda contam com imóveis nas regiões atingidas. “Tivemos muitas casas e estabelecimentos comerciais destruídos na região de Mariante. Mas os locais possíveis de retorno, às famílias começam a fazer a limpeza. Estes materiais são importantes para esse processo de reestruturação,” explica Izaura.
Além do ponto central, materiais são direcionados para distribuição na Arrozeira Santos, Picada Mariante, Marmeleiro, Mangueirão, Cachoeira Baixa e Paredão Pires. “Essa distribuição em pontos mais distantes facilita a entrega de materiais para as famílias atingidas,” destaca.