O indicador de inadimplência de Venâncio Aires, acompanhado pela CDL de Porto Alegre e a Câmara de Comércio, Indústria e Serviços (Caciva), mostra que 2023 encerrou com 24,7%, em média, dos consumidores com algum tipo de dívida no município. O percentual leva em consideração a população adulta com alguma restrição em crédito, cheques ou banco de dados de protestos.
Atualmente no município são mais de 55 mil consumidores ativos. Destes, quase um quarto possui algum tipo de dívida ou restrição de crédito em Venâncio Aires. Ao longo do ano, a Capital do Chimarrão manteve o percentual de endividados em parâmetros entre 24,5% a 25,1%. O maior percentual foi em junho de 2023, com 25,1%. Já o menor indicador foi registrado em setembro, com 24,5%.
Os dados venâncio-airenses estão abaixo da média anual registrada no Rio Grande do Sul. No estado a taxa de inadimplência ficou em 30% para os consumidores pessoa física. De acordo com o levantamento, o percentual de adultos com restrição em crédito, cheque ou protesto somou 30,65% em nível estadual. No Rio Grande do Sul, houve elevação de 0,22 ponto percentual em comparação com novembro, de modo que o resultado praticamente devolveu a queda verificada nos dois meses anteriores.
No mês de dezembro, em termos absolutos, 2,6 milhões de gaúchos estavam negativados, conforme estimativa que leva em consideração o Censo de 2022 (IBGE): aumento de 18,9 mil em comparação com a leitura anterior.
EMPRESAS
O indicador de inadimplência Pessoa Jurídica em Venâncio Aires encerrou 2023 com média 13,19%. O mês de dezembro fechou com 14% , o maior indicador para o período. Já o menor foi em janeiro de 2023, com 12,9%. O resultado do ano é menor do que o verificado em nível estadual, que alcançou 21,6%, sendo também dezembro o mês com maior indicador no Rio Grande do Sul, quando atingiu 14,5%.
Conforme a Pesquisa Febraban de Economia Bancária e Expectativas, elaborada entre 20 e 22 de dezembro de 2023, as instituições financeiras ainda preveem um cenário de dificuldade para a queda da inadimplência PJ no curto prazo. Muito embora parte relevante dos respondentes (43,8%) acredite em estabilização do indicador do Banco Central – percentual de operações de crédito para as quais existe pelo menos uma parcela com atraso superior a 90 dias – em breve, a maioria (56,3%) não aposta que isso venha acontecer antes do primeiro trimestre: 31,3% aguardam crescimento até março, enquanto 25%, até o fim do ano.