A Prefeitura de Venâncio Aires confirmou nesta terça-feira, 11, a morte de dois bugios em decorrência de febre amarela. Os animais foram encontrados mortos, nos dias 22 e 27 de abril, em terrenos localizados em Picada Castelhano e Linha Estrela. O resultado do exame laboratorial que comprovou a causa-óbito dos macacos foi divulgado no final da tarde de ontem pela 13ª Coordenadoria Regional de Saúde. A doença, entretanto, não é transmitida pelo macaco. Os casos servem apenas de alerta para o risco de transmissão por mosquitos.
Na manhã desta terça-feira, o prefeito e secretário da Saúde, Jarbas da Rosa, chefes da Vigilância Ambiental, Vigilância Epidemiológica e o veterinário responsável pelas coletas traçaram a estratégia de orientação da população. “Não há motivos para alarde, pois uma grande campanha vacinal foi feita no município em 2009. O que vamos fazer agora é chamar a população, especialmente do interior, para verificar sua situação vacinal, e orientar para vacinação quem ainda não fez”, explicou Jarbas da Rosa.
A enfermeira coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Carla Lili Müller, destaca que, diferente da Dengue, que tem características urbanas, a Febre Amarela é prioritária no meio rural. Por isso, um trabalho de busca ativa nos Postos do Interior já inicia hoje visando a orientação. “Importante salientar que não há nada de errado com o bugio. Eles não transmitem a doença. Mas se aparecerem mortos sem uma causa aparente, eles devem ser notificados ao Município”, esclarece.
O Rio Grande do Sul não registrava a presença do vírus causador da febre amarela desde 2009. Em janeiro, foi confirmada uma ocorrência em Pinhal da Serra, no Norte do estado, após a morte de um macaco. Desde então, outros municípios já confirmaram a presença do vírus, mas nenhum caso em humanos.
Esquema vacinal:
*9 meses de idade: uma dose, com reforço aos 4 anos
*Entre 11 e 19 anos: sem comprovação vacinal até os cinco anos, uma dose única; se vacinado antes dos cinco anos, fazer uma dose de reforço
*Acima de 20 anos: se vacinado antes dos cinco anos, fazer uma dose de reforço; sem comprovação vacinal ou que nunca foi vacinado, administrar dose única em pessoas até 60 anos incompletos
*Acima de 60 anos: somente com atestado médico
CRÉDITO: AI PMVA