A última noite do IX Fórum Internacional de Educação e XIII Fórum Nacional de Educação trouxe para o palco duas gerações da família Moretto. O pai Vasco, nascido no Rio Grande do Sul mas residente em Brasília, e o filho Gustavo, de Minas Gerais, conversaram com os professores na Sociedade Olímpica Venâncio Aires (Sova).
Os profissionais de ensino trouxeram o painel: “O Velho e o Novo: Unindo Estratégias e Saberes do Passado, Presente e Futuro na Melhoria do Processo de Ensino-Aprendizagem”. Em uma inversão de papéis, o pai matemático defendeu a nova escola, enquanto o filho docente de biologia, trouxe os aspectos positivos dos educandários que aplicam sistemas mais antigos de ensino.
A importância de perceber que o significado do aprender e ensinar vem mudando foi a tônica, com aspectos de relevância sobre as formas do passado, da atualidade e o que ainda se pode fazer. Conforme Vasco Moretto, as mudanças são necessárias, mas com conteúdos que tenham significado aos estudantes.
Já Gustavo inseriu a questão do modismo atual, que não existia antes, onde as escolas embarcam em ondas que não vão para frente. “Os laboratórios de informática estão sucateados, por exemplo. Para escola hoje, o que é mercado está valendo, modelo que não tínhamos antes”.
Os dois abordados outros diversos aspectos, como da nova escola, divididos em:
Valores éticos-políticos: “Se queremos mudar o país precisamos terminar com a falta de ética, que é o nosso maior problema”, afirmou Vasco Moretto;
Gerência da informação: Ajudar a formar gestores de informação e não acumuladores de dados;
Foco no desenvolvimento de competências e não de habilidades: Muitos sabem fazer, mas não sabem o que estão fazendo. Não somente ter habilidade de saber fazer, mas o que vai fazer.
O Fórum de Educação encerra na manhã deste sábado, 13, com a conferência de Emília Cipriano. A professora doutora de São Paulo irá abordar os “Saberes e fazeres integrados no cotidiano da Educação: a prática na sala de aula”, a partir das 8h30min.
Foto: Maicon Nieland – Olá Jornal