Atual secretário de Cultura, Esportes e Turismo, Thomás Lenz entra em sua última semana de gestão da pasta, com propostas e iniciativas que espera ver preservadas no novo Governo Municipal. O profissional sai da secretaria, deixando-a com uma nova roupagem organizacional e ações implementadas, onde a reativação do Conselho Municipal de Política Cultural foi um dos carros-chefes.
Na quinta-feira, 22, a reportagem conversou com o músico que deixará a função após assumir em 2 de maio deste ano e em oito meses ter desenvolvido ações no sentido de que a comunidade cultural possa se
desenvolver sozinha.
DEMOCRATIZAR
“Foi através da reativação do Conselho Municipal de Política Cultural, da reestruturação da Lei de Fundo, que visualizei e consegui fazer”, enfatiza Thomás, que terá como seu sucessor na pasta, Saul Zart, que já havia atuado no governo Airton Artus na mesma secretaria como adjunto.
Para Thomás, o conselho dá voz para diferentes segmentos da área. “A gente vai ver no ano que vem forte o resultado disso, com o edital do primeiro semestre e do segundo. Isso só tem a crescer. Acho que dando certo esse mecanismo o pessoal vai ver que é uma forma correta de democratizar as verbas do Município, colocando a sociedade junto com a gestão na hora de escolher certos projetos”.
Ao mesmo tempo, o secretário lamenta não ter conseguido ‘costurar’ essas iniciativas junto ao Conselho Municipal do Esporte. “No esporte a gente fez projetos pontuais, diferente da cultura”, relata Thomás, citando como exemplos o projeto da prática de esporte no turno oposto em Vila Teresinha, o Campeonato de Vôlei Misto, continuidade dos Jogos Escolares de Venâncio Aires (JEVA) e apoio a projetos.
“Mas na Cultura, até pelo fato de não ter tanta verba assim a gente atuou mais na questão de diretrizes, de mecanismos para democratização do acesso, implementado o Sistema Municipal de Cultura. A gente conseguiu fazer a 3ª Conferência Municipal de Cultura, trazendo a sociedade para dialogar com a gestão e ter um planejamento, pois votamos as 41 metas para dez anos”.
PARA FAZER
Ao mesmo tempo que conseguiu evoluir em medidas na parte cultural, Thomás somente lamenta de não ter conseguido trabalhar mais junto ao Conselho de Esporte e finalizar a tramitação de formação do Conselho de Turismo.
“Ainda queria ter elaborado um curso de formação para produtores culturais da cidade, para capacitar mais pessoas a inscrever projetos de renúncia fiscal, inscrever em editais, tanto do fundo municipal como estadual”, afirma o secretário.
Ele também espera ter a oportunidade de trabalhar futuramente a questão de renúncia do ISSQN pra financiamentos de projetos culturais. “Acho que é possível, também gostaria de trabalhar nisso, mas infelizmente a gente não consegue dar andamento a tudo que queremos. Acredito que daqui uns dois anos e o fundo funcionando corretamente, tendo o conselho, podemos fazer”, conclui o titular da pasta.
Foto: Maicon Nieland/ Arquivo Olá