No primeiro pronunciamento oficial como presidente interino do país, Michel Temer chamou de “ingrato” o momento político e econômico que o Brasil vive. No entanto, defendeu que agora não é mais hora de se falar em crise, “mas em trabalhar”.
Temer disse que o maior desafio para que a economia brasileira saia da recessão “é parar o processo de queda livre dos investimentos”, sendo necessário para isso construir um ambiente propício para investidores.
“A partir de agora, não podemos mais falar em crise, trabalharemos. […] O nosso lema, que não é o lema de hoje, o nosso lema é ordem e progresso. A expressão da nossa bandeira não poderia ser mais atual, como se hoje tivesse sido redigida”, disse, em discurso no Palácio do Planalto .“O mundo está de olho no país, e havendo condições adequadas, a resposta será rápida”, acrescentou.
O presidente interino declarou que vai incentivar de “maneira significativa” as parcerias público-privadas, por acreditar que esse instrumento tem potencial para geração de empregos. “Sabemos que o Estado não pode tudo fazer, depende da atuação dos setores produtivos, empregadores de um lado, trabalhadores do outro. São esses dois polos que irão criar a nossa prosperidade”, argumentou.
Para Temer, compete ao Estado cuidar de áreas como segurança, saúde e educação, mas ele afirmou que o “restante” será compartilhado com a iniciativa privada.
Novos ministros, na gestão Michel Temer:
Gilberto Kassab – ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações;
Raul Jungmann – ministro da Defesa;
Romero Jucá – ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão;
Geddel Vieira Lima – ministro-chefe da Secretaria de Governo;
Sérgio Etchegoyen – ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional;
Bruno Araújo – ministro das Cidades;
Blairo Maggi – ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
Henrique Meirelles – ministro da Fazenda;
Mendonça Filho – ministro da Educação e Cultura;
Eliseu Padilha – ministro-chefe da Casa Civil;
Osmar Terra – ministro do Desenvolvimento Social e Agrário;
Leonardo Picciani – ministro do Esporte;
Ricardo Barros – ministro da Saúde;
José Sarney Filho – ministro do Meio Ambiente;
Henrique Eduardo Alves – ministro do Turismo;
José Serra – ministro das Relações Exteriores;
Ronaldo Nogueira de Oliveira – ministro do Trabalho;
Alexandre de Moraes – ministro da Justiça e Cidadania;
Mauricio Quintella – ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil;
Marcos Pereira – ministro da Indústria e do Comércio;
Fabiano Augusto Martins Silveira – ministro da Fiscalização, Transparência e Controle (ex-CGU);
Fernando Coelho Filho – ministro de Minas e Energia;
Helder Barbalho – ministro da Integração Nacional;
Agência Brasil – Foto: Valter Campanato