A partir do cruzamento de dados do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foram identificados casos com possíveis indícios de irregularidades nas receitas e despesas de campanhas.
Só na 93ª Zona Eleitoral em Venâncio Aires foram mais de 70 questionamentos. A partir da suspeita, o Judiciário pediu explicações aos doadores e candidatos, que acabam justificando os pontos questionados pelos órgãos federais.
Conforme o juiz João Francisco Goulart Borges, dos casos encaminhados para Venâncio Aires, a maioria se refere a doações por pessoas sem renda fixa, desempregados e recursos estimados. O processo está em fase de parecer conclusivo.
“Encaminhamos pedido de informações e os doadores estão justificando a forma das doações. Outros acabam sendo valores estimados por serviços prestados, já que a Justiça Eleitoral pede uma projeção financeira”.
Referente aos casos envolvendo doações por parte de pessoas inscritas em programas de assistência social do governo federal, não houve confirmação na cidade. “Com o cruzamento de dados é preciso averiguar caso por caso. Da maioria que analisamos não se confirmaram,” explica.
O magistrado lembra que as situações envolvendo doadores irregulares serão pauta em todos os pleitos eleitorais, a partir da informatização dos processos. “São casos dentro da normalidade, precisamos averiguar e buscar explicações dos envolvidos. Se confirmado, punir os fraudadores,” conclui.
Para preservar a identidade dos investigados, não serão divulgados os nomes dos doadores e beneficiários.
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