Um dos maiores problemas enfrentados hoje na área ambiental em um Município, é sem dúvida alguma a correta destinação dos resíduos produzidos pelos moradores. Depois de apresentar a comunidade a ideia de composteiras, buscando diminuir o volume de resíduos orgânicos descartados pelo cidadão, a Administração da Capital do Chimarrão vai em busca de solução para os resíduos que são destinados ao aterro sanitário de Minas do Leão.
Depois de viajar até a Coreia do Sul e conhecer as tecnologias do país oriental para a destinação de resíduos, na tarde desta quarta-feira, 13, o Prefeito Giovane Wickert acompanhado pelo Secretário de Meio Ambiente Clóvis Schwertner, esteve em um município da região carbonífera conhecendo um invento que busca transformar todo e qualquer tipo de resíduo em energia, gás, combustível ou carvão ativado.
O projeto é formado por um equipamento que possui inicialmente um triturador de resíduos, um misturador e um secador, pois para ser utilizado os resíduos devem ter uma umidade estável inferior à 10%. Podem ser adicionado ao equipamento, todo e qualquer tipo de resíduos. A demonstração ao Prefeito e ao Secretário, foi feita com uma mistura a base de cama de aviário e resíduos hospitalares formado por objetos perfurantes, luvas, seringas, tubos de soro e outros resíduos gerados em uma casa de saúde e frascos de agrotóxicos.
Em um segundo momento é adicionado a esta primeira mistura uma espécie de mistura a base de nanocatalizadores, que iniciam a segunda etapa do processo. Denominado termólise catalítico, o processo torna-se extremamente limpo de resíduos de qualquer espécie, seja urbano, hospitalar, ou de origem animal. Depois de introduzido no equipamento, os resíduos passam por um processo de gaseificação, logo após acontece uma “lavagem dos gazes”, e uma composição do equipamento pode-se definir qual será a destinação do produto resultante ao final deste processo, que pode ser produção de gás para geração de energia, bioóleo que após passar por uma coluna de destilação fracionada, quebram-se as moléculas e fraciona-se o produto resultante em querosene, óleo diesel ou ainda gasolina.
Já as partes sólidas, resultantes deste processo, passam por uma determinada parte do equipamento para a extração em forma de carvão ativo, que pode ser utilizado como fertilizante e ainda como agente no tratamento de água. Ao final de todos os processos que passaram os resíduos que foram introduzidos no equipamento, estes transformam-se em gás, líquido ou sólido. Nenhuma espécie de resíduo é gerado pelo equipamento, inclusive a água para lavagem dos gases e refrigeração do equipamento é em circuito interno e a geração do gás produzido pode ser transformado em energia que alimentará um gerador que abastece o equipamento.
De acordo com a apresentação, o equipamento pode ser construído para processar de 15 a 300 mil quilos de lixo por dia. Impressionados com o processo de tratamento do lixo, Wickert e Schwertner buscam agora conhecer um pouco mais sobre este processo nos órgãos ambientais do estado, pois ainda trata-se de um protótipo, e não existe hoje, um equipamento em pleno funcionamento. Além disso, o Prefeito tentará também encontrar parceiros de tenham interesse em apoiar financeiramente a instalação deste equipamento pioneiro em Venâncio Aires.
CRÉDITO: Coordenadoria de Comunicação e Marketing PMVA