O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo, Alimentação e Afins de Venâncio Aires realizará na segunda-feira, 03 de dezembro, assembleia para votação do reajuste salarial da categoria do fumo. A assembleia terá a primeira chamada às 16h30min e a segunda às 17h30min e ocorrerá no sindicato.
Os trabalhadores votarão se aceitam ou não o novo índice salarial e demais propostas das indústrias. As propostas foram apresentadas pelo Sindicato Interestadual das Indústrias do Tabaco (Sinditabaco) na última quarta-feira, 21, durante reunião no sindicato.
O reajuste para efetivos e safristas que ganham acima do salário normativo é o valor do INPC do período, que está em 4%, com arredondamento da casa decimal. Para os safristas que ganham o salário normativo, que está em R$ 1.122, o reajuste será de 4,31%, passando para R$ 1.170,40.
BENEFÍCIOS
Além do reajuste no salário houve também aumento nos valores dos benefícios previstos em convenção coletiva conquistados pelo sindicato aos longo dos anos e que, a cada ano, luta para que haja também reajuste nesses valores. Para a cesta básica, o aumento proposto é de 7,14%, passando de R$ 140 para R$ 150. Para o auxílio óculos, o rejuste será de 4,84%, de R$ 310 para R$ 325.
NOVIDADE
Neste ano pela primeira vez as empresas trouxeram para a mesa de negociação um dos itens previstos na Reforma Trabalhista, que é a redução do horário de intervalo. Atualmente, o tempo de intervalo nas fábricas de fumo é de 1h. No entanto, a nova lei permite a redução desse tempo e estabelece que pode ser de até 30min. As empresas solicitaram essa mudança para até 30min com o objetivo de adequar a jornada de trabalho principalmente de trabalhadores que vêm de fora do município.
PARTICIPAÇÃO
O presidente do sindicato, Rogério Siqueira, ressalta a importância da participação dos trabalhadores que são quem decide se as propostas estão de acordo com o que esperam. “É importante levar para a assembleia porque nossa legislação atual é clara quanto as mudanças possíveis, abrindo possibilidades para que as empresas se adequarem o trabalho de acordo com suas necessidades”.
Sobre o reajuste, ele afirma que a entidade sempre espera mais para o trabalhador, mas que o voto da categoria é soberano. “Não quer dizer que o sindicato entenda que seja o melhor para o trabalhador, não é, mas temos que nos adequar a nova realidade”, afirma.
A categoria do fumo é a maior do município com cerca de 4.500 trabalhadores no período de safra.