O dia foi de mobilização de trabalhadores do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul), tanto no campus de Venâncio Aires, como em outras unidades pelo estado. Os servidores federais que atuam no município fizeram atos pela manhã e à tarde, no centro da cidade, contra as reformas Trabalhista e da Previdência.
Na esquina das ruas Osvaldo Aranha e Jacob Becker, no início do calçadão, os profissionais intercalavam a cada 65 segundos por cerca de uma hora, a paralisação do trânsito, sob mediação do Departamento Municipal do Trânsito, onde o cartaz em destaque trazia a frase: “Está difícil esperar 65s? Imagina 65 anos…”.
O ato ocorreu neste 28 de março, como data definida pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), pois hoje está sendo votado na Câmara dos Deputados, a proposta de Reforma da Previdência. Esse ciclo finaliza o cronograma de eventos programados para o mês de março, do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasef). Conforme a servidora Ruti Oliveira, as medidas afetam a todos.
“Isso de todos só se aposentarem por idade, homens, mulheres, trabalhadores braçais e do campo, é um ultraje. É um ataque aos direitos já adquiridos de pessoas que já lutaram e trabalharam. Esse governo que está aí, que é ilegítimo, aos poucos está conseguindo acabar com vários dos direitos conquistados”.
Para Ruti Oliveira, a população ainda não acordou para o que de fato vem ocorrendo. “As pessoas deveriam procurar se informar um pouco mais, se apropriar do assunto, pois não é brincadeira. Essa reforma está vindo para atacar realmente os direitos que já temos”.
Ela cita como exemplo, em relação aos benefícios. “No caso de um casal. Hoje, ambos contribuíram e tem aposentadoria e digamos que um deles venha a falecer. O cônjuge fica recebendo a sua pensão e da pessoa que faleceu, pois ele contribuiu também. Com essa reforma, isso vai cair fora, pois tu vai ter que escolher”.
Foto: Maicon Nieland/ Olá Jornal