A Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) aponta que a atual safra de tabaco registrou queda de 5,9% no número de propriedades produtoras. No ciclo atual, segundo o relatório, na região Sul do país, 95.808 propriedades mantiveram a produção de tabaco. Estas unidades mobilizaram 137.618 famílias.
Segundo o chefe do escritório venâncio-airense da Emater/Ascar, engenheiro agrônomo Vicente Fin, em Venâncio a diminuição se manteve nos patamares verificados pela entidade. Na cidade a diminuição no número de famílias produtoras de tabaco alcança 8%. Já a redução na área produzida alcança 6,5% safra atual. “Houve aumento na produção de outras culturas, ocupando parte da lavoura de tabaco e também algumas famílias optaram em parar de produzir,” argumenta Fin.
A safra garantiu R$ 6,5 bilhões em receitas para os produtores nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Apesar da redução nas propriedades e famílias produtoras, houve aumento no rendimento por hectare colhido. Na safra 2019/20 foram 2.180 kg/ha. Já em 2020/21 a produtividade alcançou 2.311 kg/ha. O crescimento é de 5,9% entre os dois ciclos. Os valores da comercialização também tiveram crescimento de 15,9%.
Nos tipos produzidos, o Virgínia envolveu 114 mil famílias produtoras, com 564.962 toneladas produzidas, que rendeu R$ 5.960.029.985,00. O Burley foi produzido por 28 mil famílias, com produção de 58.912 toneladas, rendendo R$ 497.037.459,00. Já o tipo Comum foi produzido por 4.350 famílias, com produção de 9.147 toneladas e R$ 46.433.354,00 de rendimento.
SEGUROS
O relatório da Afubra também aponta os valores pagos por meio do Departamento de Mutualidade da entidade. Na atual safra houve mais incidência de granizo. No ciclo 2019/2020 ocorreram 90 registros de queda de granizado nos três estado do sul. De julho passado até março de 2021 foram registradas 105 incidências. Com o aumento, houve também mais associados que tiveram suas lavouras atingidas pelo fenômeno climático. Na safra 2020/2021 foram 21.752 registros, e na safra 2019/2020, foram 17.318 casos. O percentual de aumento foi de 25,60%,
Em seguros de lavouras foram movimentados R$ 119.346.223,54. Os benefícios pagos por conta de sinistros em estufas somaram R$ 5.469.273,02. Já o auxílio-funeral somou R$ 9.396.672,00.