A Concessionária Rota de Santa Maria, do Grupo Sacyr, iniciou esta semana mais uma importante etapa rumo à duplicação da RSC-287. Duas equipes da Concessionária trabalham em reparos profundos, inicialmente junto ao quilômetro 101, em Santa Cruz do Sul, próximo à rotatória de acesso à Avenida Melvin Jones; e no quilômetro 70, em Venâncio Aires. Na Terra da Oktoberfest, os trabalhos iniciaram na segunda-feira, dia 27, e na Capital do Chimarrão, nesta quarta-feira, 1º de março.
De acordo com o diretor-geral da Concessionária Rota de Santa Maria, Renato Bortoletti, a execução dos reparos profundos inicia em trechos mais críticos da rodovia, como áreas que apresentam alta incidência de defeitos ou baixa capacidade de suporte ao tráfego. O processo de reparação, neste caso, é mais demorado, pois inicia na fundação. “Em cada um dos trechos trabalhados é necessária a interrupção parcial da via. Faremos isso a cada 500 metros, com expectativa de 10 dias de trabalho em cada, assegurando uma boa execução e por consequência uma durabilidade futura de acordo com as expectativas do projeto”, explica.
Motoristas devem ter atenção
Os trabalhos na RSC-287 vão gerar impacto no trânsito, exigindo maior atenção dos motoristas. Segundo o engenheiro civil da Sacyr Construções, Diego Madeira, no quilômetro 101, em Santa Cruz do Sul, a pista já é duplicada. “Neste local, o trânsito fica em meia pista, sem a necessidade de interrupção do tráfego”, assegura.
Já em Venâncio Aires, no quilômetro 70, a intervenção contempla um trecho de pista simples, o que requer o fechamento de um dos sentidos da via durante 24 horas por dia. “O trecho de pista simples torna estes trabalhos ainda mais desafiadores, pois teremos situação de pare e siga, inclusive à noite, onde utilizaremos uma sinalização luminosa adicional para orientar os motoristas”, destaca. Na reparação profunda, as camadas são recompostas uma a uma, realizando controles tecnológicos parciais e prezando pelas boas práticas de engenharia, que devem impactar em maior durabilidade e segurança para os usuários da RSC-287.
A reparação profunda também deve começar em Paraíso do Sul nos próximos meses. Ao todo, serão três equipes mobilizadas para a reconstrução de pontos críticos do asfalto. “São obras de preparação, fundamentais para o início da duplicação. Por isso, pedimos a atenção redobrada dos usuários e a compreensão para o cálculo do tempo de deslocamento na rodovia, considerando estes pontos de intervenção”, frisa o diretor.
Tecnologia é aliada nos reparos
Os serviços realizados pela Rota de Santa Maria na RSC-287 são amparados por soluções tecnológicas. A concessionária utilizou, nos últimos meses, a tecnologia Falling Weight Deflectometer (FWD) para encontrar os pontos da rodovia onde havia necessidade do reparo profundo na estrutura. “Este dispositivo aplica uma carga no pavimento e através de sete sensores instalados em diferentes distâncias, é capaz de determinar qual foi o micro deslocamento causado pela carga aplicada. Com isso, é possível determinar qual a influência da carga nas diferentes camadas e profundidades do pavimento, permitindo verificar se, de fato, há algum problema estrutural”, explica o engenheiro civil.
Após as avaliações, os projetistas da RSC-287 fizeram uma retroanálise da estrutura, levando em conta as espessuras e tipos de pavimento existentes em cada um dos trechos da rodovia. “Através deste ensaio pode-se verificar de maneira analítica quais são os trechos da rodovia que necessitam de uma reconstrução de sua estrutura”, completa Madeira.
Com os locais de intervenção determinados, as equipes removem toda a estrutura existente do pavimento até que se atinja o subleito. Nesta etapa, verificam a capacidade de suporte do solo existente ao fundo da escavação, além de realizarem uma avaliação das deflexões. “Assim, definimos se haverá ou não a necessidade de remoção também desta camada. Portanto, os trabalhos executados terão entre 50 cm (reconstrução do pavimento) e 110 cm (quando também houver a necessidade de substituição do subleito)”, finaliza.
Saiba mais
A duplicação da RSC-287 é uma reivindicação antiga da região Central do Estado e está cada vez mais próxima de se tornar realidade. A Concessionária Rota de Santa Maria, do Grupo Sacyr, será a responsável pelos trabalhos ao longo dos 204 quilômetros entre Tabaí e Santa Maria.
A obra – que ainda aguarda o licenciamento ambiental em tramitação na Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) – deve iniciar até o mês de junho entre os quilômetros 28 e 30 em Tabaí e 102 e 105 em Santa Cruz do Sul, contemplando quatro quilômetros de trechos urbanos. Já em setembro, as equipes devem começar o trecho rural, que compreende 30 quilômetros entre Venâncio Aires e Santa Cruz do Sul.
CRÉDITO: AI Rota de Santa Maria/Four Comunicação