Renegociação de dívidas dos produtores gaúchos em debate na Expodireto nesta sexta-feira

Olá Jornal
março13/ 2025
Vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder, reforçou a importância da mobilização

Durante entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira, 12, o vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder, reforçou a importância da mobilização para a audiência pública sobre securitização, prevista para ocorrer na sexta-feira, 14, no Parque da Expodireto Cotrijal 2025, em Não-Me-Toque (RS). Segundo Schroeder, a situação financeira dos produtores rurais atingiu um patamar crítico, tornando essencial uma solução estrutural para o endividamento do setor.

“Precisamos estar juntos para irmos fazer um pleito em Brasília que é justo para o produtor do Rio Grande do Sul”, afirmou Schroeder, destacando a necessidade de uma resposta governamental que viabilize melhores condições de pagamento das dívidas agrícolas. Segundo ele, a intenção não é buscar perdão dos débitos, mas sim um refinanciamento que permita aos agricultores honrarem seus compromissos a longo prazo, com taxas de juros acessíveis.

O vice-presidente da Cotrijal ressaltou ainda os impactos econômicos e sociais da crise no setor. Ele alertou que, se não houver medidas de suporte, muitos agricultores poderão deixar de plantar no próximo ano, desencadeando uma reação em cadeia prejudicial à economia local e nacional. “Sem plantio, não tem agricultura, não tem mais feira, não tem mais nada”, enfatizou.

Nos últimos anos, os produtores enfrentaram condições climáticas adversas que comprometeram as safras, resultando em dificuldades para quitar financiamentos já contratados. Conforme Schroeder, a manutenção da atividade agrícola depende de políticas de apoio efetivas. “Se a agricultura não tiver mais condições, começam as demissões, as empresas deixam de se importar e surge um problema social grave”, alertou.

A audiência de sexta-feira deve contar com a presença de representantes do setor agropecuário e autoridades políticas, buscando avanços nas negociações sobre a securitização da dívida agrícola. O objetivo é sensibilizar o governo federal quanto à necessidade de políticas que garantam a sustentabilidade da produção no estado.

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