A proposta de reforma trabalhista foi aprovada nesta terça-feira, 11, no plenário do Senado, por 50 votos a 26, depois de uma tarde cheia de confusões e protestos. O projeto, que já passou pela Câmara, segue agora para a sanção do presidente Michel Temer (PMDB), que promete alterar alguns pontos do projeto via medida provisória como parte da negociação feita com os senadores.
A aprovação, mais de sete horas após o início da sessão, é uma vitória do combalido governo Temer. As reformas – trabalhista e da previdência – são o principal argumento do peemedebista para se manter no cargo e superar a grave crise política que enfrenta. A situação de Temer ficou ainda mais aguda após o parecer favorável do deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que analisa se autoriza a denúncia por corrupção passiva contra o presidente no Supremo Tribunal Federal (STF).
Diferentemente da reforma da Previdência, a trabalhista sempre foi considerada mais simples de ser aprovada, por precisar de maioria simples no plenário – a da Previdência exige três quartos. Para a votação acontecer, era necessário um quórum mínimo de 41 dos 81 senadores no plenário. Setenta e sete estiveram presentes. Com isso, a reforma trabalhista foi aprovada com mais de dois terços dos votos – uma vitória expressiva.