A receita bruta no campo deve superar os R$ 6 bilhões atingidos na safra passada. Mesmo com queda de 19,8% na produção, a previsão do presidente da Afubra, Benício Werner, leva em conta o maior valor pago pelo produto neste ano. “A receita média será superior a safra passada porque os preços médios que hoje estão sendo praticados são maiores. O avanço nas tabelas de preço vai amenizar em parte prejuízos que produtores tiveram na produtividade”, explica.
Werner destaca o avanço na negociação deste ano que permitiu a reposição do custo de produção, sendo algumas empresas acima deste valor, diferente do que ocorreu na safra anterior quando não houve consenso. A orientação é que o produtor tenha cautela na hora da comercialização e que dê preferência para a empresa da qual faça parte do sistema integrado. “Entendo que o produtor precisa ter cautela porque recebemos informação da África que vão ter queda na produtividade devido as chuvas”.
Até o momento, 16% da safra está comercializada, mesmo patamar em fevereiro do ano passado.
PRODUÇÃO
A estimativa é de que a atual safra feche em 504.188 toneladas, uma redução de 19,8% contra 628.489 toneladas da safra passada. A queda é reflexo da diminuição de 9,78% da área plantada somada a quebra de 11,5% provocada pelo granizo (regiões do Paraná) e estiagem.
A produtividade deverá ficar em 2.339 kg por hectare contra 2.299 kg por hectare do ano passado.
A produção é a menor dentro da série histórica de acompanhamento anual realizado pela entidade a partir da safra 2004/2005. De lá pra cá, a menor produção era de 525.221 toneladas registrada na safra 2015/16.