Representantes das empresas associadas ao Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) estiveram reunidos na manhã desta quarta-feira, 30 de maio, para avaliar os prejuízos causados com a paralisação dos caminhoneiros. Desde o início da semana, praticamente todas as empresas estão com o processo parado devido à falta de insumos para operação de caldeiras e empilhadeiras como o gás GLP, óleo combustível e lenha. Os serviços terceirizados de transporte e de alimentação dos trabalhadores também estão comprometidos devido à falta de diesel, gás e alimentos.
No processo de compra da matéria-prima, o tabaco cru, a estimativa é de que R$ 50 milhões ao dia estão deixando de circular devido a não comercialização do tabaco. Há ainda uma preocupação com o produto que está nos caminhões e que pode ter sua qualidade prejudicada pela temperatura e umidade. Com relação às exportações, até o momento cerca de US$ 60 milhões deixaram de ser embarcados. Os prejuízos também se somam às horas paradas de cerca de 10 mil trabalhadores.
Segundo o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, a retomada do trabalho nas empresas dependerá do fornecimento dos insumos essenciais para o processo. Enquanto isso não acontece, além dos prejuízos já mencionados, o setor teme outros reflexos futuros. “O processo e os embarques parados podem comprometer a expectativa de exportação de tabaco durante o ano e afetar clientes internacionais, devido ao não atendimento do cronograma de entrega, além de favorecer países concorrentes. Por outro lado, há ainda a preocupação com a entrega de insumos da nova safra, o que pode afetar o início da produção de mudas nos canteiros”, avalia o executivo.