Projeto de lei propõe reestruturação do ensino médio

Janine Niedermeyer
setembro20/ 2016

A renovação do ensino médio é uma das prioridades do País nos próximos anos. Segundo o ministro da Educação, Mendonça Filho, o governo irá trabalhar junto à sua base no Congresso Nacional para priorizar a votação do Projeto de Lei (PL) 6.840/2013, que propõe mudanças importantes nas séries finais do ensino regular.

A proposta estabelece que os currículos do ensino médio sejam organizados por áreas do conhecimento: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas. A divisão visa priorizar a interdisciplinaridade e a aplicação dos conhecimentos em outras áreas – e também no dia a dia dos alunos e na realidade do Brasil e do mundo.

No último ano, além das matérias básicas, o aluno deverá optar por uma das grandes áreas para aprofundar os estudos, de modo que o estudante possa se dedicar mais ao campo de seu interesse. No futuro, caso decida mudar de área, ele pode retornar à escola e fazer uma nova opção formativa.

Se aprovado o PL, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) se tornaria obrigatório para os alunos. Outra medida prevista é que, nos próximos dez anos, 50% dos matriculados cumpram jornada escolar em tempo integral de, no mínimo, sete horas por dia, somando 4,2 mil horas em todo o ensino médio.

Flexibilidade

A secretária executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães, afirma que o mais importante é que o ensino médio seja flexibilizado, substituindo a monotonia e o academicismo por um conteúdo mais leve e próximo da vida dos alunos.

“O primeiro, segundo e terceiro ano do ensino médio é igual para todos no Brasil, e ninguém está aprendendo nada”, lamentou a secretária em entrevista ao Programa Educação no Ar, da TV MEC. “O ideal é você ter pelo menos a metade do ensino médio dedicada àquilo que é comum para a formação geral do aluno, como língua portuguesa, matemática, língua estrangeira, conhecimentos gerais em história, geografia, filosofia”, defende.

Na segunda metade, explica Maria Helena, viria a flexibilização, quando os alunos poderiam optar pela área de conhecimento de sua preferência, área de educação profissional ou até escolher um curso técnico integrado, que lhe ofertaria um duplo certificado ao final.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Educação / Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Janine Niedermeyer