Quando se fala sobre a poluição da água, o plástico aparece como um dos principais vilões. Não é por acaso: segundo relatório publicado pela WWF (Fundo Mundial para a Natureza) em 2019, 10 milhões de toneladas de plástico vão para os oceanos todos os anos. O número equivale a 23 mil aviões Boeing 747 ao ano, ou mais de 60 por dia, segundo a comparação feita pelo estudo. Nesse ritmo, até 2030, será encontrado o equivalente a 26 mil garrafas de plástico no mar por quilômetro quadrado.
Os aglomerados de plásticos nos oceanos, chamados de ilhas de plástico, já são uma realidade enfrentada pelo nosso planeta. E na peça teatral Reciclamundo, são utilizados como o cenário da história. A ficção ocorre num período pós-apocalíptico, no qual todo o planeta foi encoberto pelos oceanos, onde as ilhas de plástico são a única forma de “terra firme”.
Na trama, os dois últimos sobreviventes, acompanhados de um robô-humanoide-dançarino-multifunções, dialogam com o público sobre a urgência das mudanças de hábitos. “As pessoas até sabem, mas fazem muito pouco para que a nossa realidade melhore consideravelmente! […]Nem o lixo acondicionam de forma correta: uma coisa tão básica! Consomem de um tudo de forma completamente desordenada, sem pensar da onde partiu cada coisa que adquirem!”, exclama um dos personagens durante o espetáculo.
A primeira apresentação ocorre nesta sexta-feira, 13 de maio, às 14 horas, no lonão da 16ª Fenachim, em Venâncio Aires (RS). A peça terá intérprete de Libras e ocorrerá em um local acessível para pessoas com deficiências físicas ou mobilidade reduzida. Mais 49 municípios, nos três estados da região Sul, recebem a iniciativa até o fim do ano.
O projeto tem apoio e está alinhado à estratégia de ESG de redução de impactos negativos no meio ambiente e suporte às comunidades da Alliance One e da China Brasil Tabacos, empresas com matriz em Venâncio Aires. Com a intenção de dialogar com o público infantojuvenil, que está em processo de desenvolvimento e construção de conhecimentos, visa compartilhar informações sobre consumo responsável, sustentabilidade e transformação de materiais.
“Com atenção especial para a contaminação das águas com o plástico, priorizamos a participação de jovens, trabalhando a conscientização e o consumo responsável, para preparar estas gerações do amanhã com foco em um mundo mais sustentável”, salienta a gerente de Assuntos Corporativos da Alliance One, Deise Kanitz.
Escrito e interpretado pela companhia de teatro Armazém, Cultura e Entretenimento, o projeto é elaborado pela d.marin, produtora cultural de Passo Fundo, também conta com o patrocínio da Unifertil e é viabilizado através da Lei de Incentivo à Cultura, através da Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Pátria Amada Brasil – Governo Federal.
CRÉDITO: AI Alliance One