Por 1160 votos a 568, uma assembleia do Cpers Sindicato definiu, nesta sexta-feira, pela manutenção da greve do magistério estadual, que completou 66 dias. A oposição à atual diretoria da entidade levou um número expressivo de docentes até o Parque da Harmonia e o resultado contrariou a orientação do comando de greve, para encerrar o movimento.
Na última terça, os secretários da Casa Civil, Fábio Branco, da Educação, Ronald Krumennauer, e o deputado estadual Gabriel Souza (PMDB), líder do governo na Assembleia Legislativa, foram à sede do Cpers. No documento final, o Piratini encaminhou propostas para seis itens, garantindo que todos os salários serão pagos dentro do mês, até o 10º dia útil – o que ocorre atualmente.
Já para o fim dos atrasos e pagamento do 13º salário em dia, o governo alegou que busca medidas administrativas e legislativas a fim de que isso ocorra. Antes, o fim dos parcelamentos era vinculado à venda de ações do Banrisul e à adesão do Estado ao Plano de Recuperação Fiscal, mas o Cpers disse que é contra as duas medidas e não pretende “assinar embaixo”.
No que se refere às férias, o governo não atendeu a reivindicação dos professores. A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) quer o cumprimento integral do calendário escolar de 2017, assim que as aulas forem retomadas, o que não garante férias de 45 dias no verão.
O Piratini reiterou ainda que não vai punir a grevistas e manteve a retirada do projeto que modifica a data de pagamento dos salários dos servidores, em tramitação na Assembleia Legislativa.
CRÉDITO: AI Cpers