O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Pepe Vargas (PT), destacou recentemente as iniciativas do Parlamento Gaúcho voltadas para a sustentabilidade e a reconstrução do estado após as enchentes que atingiram diversas regiões. Em entrevista ao Olá Jornal na última quinta-feira, 06, Vargas ressaltou a importância da atuação conjunta entre o Legislativo, Executivo e as Prefeituras para enfrentar desafios estruturais e ambientais.
Segundo o presidente do Parlamento Gaúcho, um dos principais obstáculos na reconstrução das cidades atingidas é a falta de estrutura técnica das prefeituras para elaborar projetos e acessar os recursos disponíveis. Na avaliação do parlamentar, as administrações municipais não possuem equipes suficientes para lidar com a burocracia envolvida na captação de verbas e na execução das obras necessárias. Para enfrentar essa dificuldade, Pepe Vargas sugeriu que os municípios se unam por meio de consórcios intermunicipais, o que poderia facilitar a elaboração de projetos e a captação de recursos.
Além disso, destacou a necessidade de reforçar a estrutura técnica do Estado, que perdeu capacidade de planejamento e execução ao longo dos anos devido à redução do quadro de servidores públicos.
“Ao longo dos últimos anos o Estado perdeu a capacidade técnica, por enxugamento da máquina pública. Agora, estão sendo feitas contratações até para ajudar neste processo de reconstrução,” comenta.
PLANEJAMENTO
O presidente da Assembleia Legislativa enfatizou que as mudanças climáticas impõem desafios inéditos ao estado. Nos últimos cinco anos, o Rio Grande do Sul enfrentou estiagens severas e enchentes sem precedentes, causando prejuízos bilionários à economia local. Segundo Vargas, a resposta a essas crises deve ir além das medidas emergenciais, exigindo um planejamento de longo prazo que combine desenvolvimento econômico e sustentabilidade.
Nesse sentido, o Parlamento Gaúcho vai promover debates sobre o crescimento sustentável do estado. Por meio do Fórum Democrático Regional, a Assembleia busca mapear os desafios de cada região e entender como os planos de reconstrução e desenvolvimento podem ser implementados de forma eficiente.
PARTICIPAÇÃO
No primeiro semestre de 2025, a Assembleia Legislativa pretende realizar discussões mais amplas sobre sustentabilidade em Porto Alegre. No segundo semestre, os debates serão levados às nove regiões funcionais do estado, permitindo um diálogo direto com as comunidades e os setores produtivos.
Para Pepe Vargas, o papel da Assembleia não é apenas legislar, mas também promover discussões estratégicas que contribuam para um futuro mais sustentável para o Rio Grande do Sul. “Toda crise traz oportunidades. Precisamos transformar essa crise climática em uma chance para repensar nosso modelo de desenvolvimento”, concluiu o presidente.