Depois de três semanas consecutivas na cor laranja, o governo do Estado classificou a região do Vale do Rio Pardo como bandeira vermelha na atualização do modelo de distanciamento controlado. Reunidos de forma virtual na tarde deste sábado, prefeitos e secretários municipais de Saúde aprovaram de forma unânime o encaminhamento de novo recurso – como já fizeram das outras vezes com resultado positivo.
“A equipe técnica do Cisvale e da Amvarp nos passou indicadores que colocam a região ainda em situação confortável de capacidade de atendimento. Por exemplo, até o momento o Vale do Rio Pardo não ocupou 50% dos respiradores disponíveis. Assim, aprovamos este novo recurso e esperamos ter êxito”, afirmou o prefeito de Candelária e presidente da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp), Paulo Butzge.
Além do recurso, os gestores também definiram pela elaboração de um plano estruturado próprio da região para que futuramente possa ser adotado o modelo de gestão compartilhada e a criação do Centro de Operações de Emergência (COE) regional. Desde a 14a rodada, é possível definir regras menos rígidas para a cor vermelha, mas não menos rígidas que as da laranja.
“Toda semana estamos suscetíveis a entrar na bandeira vermelha, então é fundamental já deixarmos esse plano estruturado regional pronto e tecnicamente fundamentado. Assim, estaremos preparados para manter regras menos rígidas”, disse o prefeito de Pantano Grande e presidente do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), Cassio Nunes Soares.
Para solicitar ajustes às restrições das bandeiras estipuladas pela leitura do Estado, cada região precisa ter ao menos a concordância de 2/3 dos prefeitos que integram a região Covid.
Além de indicadores estáveis na evolução da doença e ocupação de leitos, o médico infectologista Marcelo Carneiro, assessor técnico do Cisvale, destacou os dados revelados na segunda etapa da pesquisa COVID-VRP como uma defesa para manter a bandeira laranja. O estudo do Cisvale, Amvarp e Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) apresentou uma letalidade 3 vezes menor na região do Vale do Rio Pardo em comparação com a do Estado.
Crédito: AI Cisvale