As negociações entre o Sindicato dos Servidores Públicos de Venâncio Aires e a Administração Municipal já contam com sinalizações de discussões e debates acalorados. Isso porque, havia a possibilidade de reposição salarial de ganho real para o funcionalismo de mais 1,6% no mês de setembro. Entretanto, o prefeito em exercício, descarta essa possibilidade, em função das contas públicas estarem estranguladas e sem cenário de melhora até o fim do ano.
Inicialmente no mês de março o governo enviou para a Câmara de Vereadores projeto garantindo reajuste de 5,1% nos vencimentos dos servidores municipais. Entretanto, a proposta inicial era de 6,7%, porém, sem orçamento para o ganho real, a proposta foi aprovada somente com a reposição inflacionária. Para o prefeito em exercício, Celso Krämer (PTB) não há condições atualmente para negociar. “Se tivéssemos um superávit no orçamento deste segundo semestre, tudo bem, mas a situação das contas públicas é grave, por isso, não temos condições, pelo menos por enquanto, de negociar um ganho real.”
O atual chefe do Executivo, afirma que o salário do mês de agosto está garantido, porém, para os próximos meses ainda há indefinição. “É preciso ser realista, estamos fazendo uma ginástica para garantir o pagamento em dia. Não há a mínima condição para uma negociação deste tipo agora.”
O presidente do sindicato da categoria, Odenir Guterres de Carvalho, afirma que a entidade enviará ofício para buscar o encaminhamento e garantir o valor a mais no salário do funcionalismo. “Queremos que o governo cumpra a promessa feita durante a nossa paralisação. Sabemos que as negociações com o governo estão fragilizadas, mas vamos buscar a promessa feita aos servidores.”
GREVE
O dirigente afirma que não está descartada o chamamento de greve novamente. Segundo ele, há descontentamento dos funcionários públicos com a atual situação do governo municipal, e os cortes feitos nos benefícios. “Para qualquer tipo de debate de atrasos ou parcelamentos, o governo precisa tirar todos os CC’s, FG’s e estagiários. Só neste ano vão gastar R$ 10 milhões com estes cargos.”
Carvalho afirma que o sindicato irá trabalhar no tema a partir desta semana. “Há um desconforto nas relações entre o governo e os servidores. Isso vem desde a aprovação do projeto do reajuste,” lembra.