A conservação do solo é uma das boas práticas recomendadas e trabalhadas constantemente pela China Brasil Tabacos junto aos seus mais de 21 mil produtores integrados. O correto preparo do solo no começo de uma nova safra é o pontapé inicial para garantir maior produtividade e melhor qualidade do tabaco e, ainda, contribuir para a preservação do meio ambiente.
Tudo começa com a eliminação da resteva até 30 dias depois da finalização da colheita da última safra. Na sequência é importante fazer análise de solo, subsologem e correção com calcário, se necessário. Feito isso, passa-se para o preparo dos camalhōes e então a semeadura de plantas de cobertura. A respeito destas plantas, a recomendação é que no verão sejam utilizadas brachiária, milheto, crotalária ou capim sudão; enquanto no inverno o centeio e aveia. O acamamento (derrubada da planta de cobertura, de preferência realizar no período da manhã) e a dessecação (aplicação de herbicidas) devem ocorrer em média de 50 a 60 dias antes do plantio do tabaco.
De acordo com o Supervisor de Planejamento e Agronomia da CBT, Alisson Griebel, a palhada é importante para manutenção de uma temperatura correta do solo, diminuindo a incidência de raios solares diretamente na crosta do solo. “Isso faz com que a raiz se desenvolva muito melhor, absorvendo os nutrientes que vão impactar na qualidade final da planta. E, em anos secos, de La Niña, auxilia na retenção de água no solo, já em anos chuvosos auxilia na drenagem; além de contribuir com a vida do solo.”
O técnico de difusão Agronômica da CBT, Rodrigo Tavares de Moraes, explica que a realização da prática conservacionista também traz mais tranquilidade no processo de transplante. “Seguindo estas etapas, se terá uma antecipação do preparo do camalhão, chegando no momento do transplante já com ele pronto e melhor estruturado. Pois, se realizado muito próximo ao transplante pode-se ter problemas como um solo sem estrutura, dificuldade na realização da descompactação, já que é um período de maior incidência de chuva.”
Sensibilizar os produtores para adesão às boas práticas tem sido um trabalho constante do Departamento de Agronomia e de Produção da CBT. Além de materiais informativos distribuídos aos produtores, são promovidos dias de campo e acompanhamento e orientações dos técnicos agrícolas.
O produtor integrado da CBT há nove anos, Dalvan Nunes Chaves, de 29 anos, morador em Linha Cerro dos Bois/Venâncio Aires, destaca que sempre procura cuidar do solo, conforme orientação da empresa. “Evito fazer outro cultivo na entressafra justamente para fazer esse processo de recuperação, com plantas de cobertura, acamamento, dessecação em tempo adequado para só então receber o plantio do tabaco. Pois a produção não será a mesma se não tivermos estes cuidados. E a orientação do técnico agrícola é fundamental neste processo, pois o resultado positivo é notório na produção.”
CRÉDITO: AI CBT
Foto: Gelson Pereira/Divulgação CBT