A farmacêutica Pfizer confirmou nesta segunda-feira, 03, a entrega ao Brasil de imunizantes contra Covid-19 para crianças neste mês de janeiro. “A Pfizer está atuando junto ao governo para definir as etapas do fornecimento das vacinas contra a Covid-19 para imunização da faixa etária de 5 a 11 anos, com estimativa de entregas a partir de janeiro de 2022”, informou em nota.
O Ministério da Saúde havia informado a previsão de recebimento das doses até o dia 10 de janeiro e início da imunização ainda na primeira quinzena do mês. Nesta segunda-feira, 03, entretanto, o ministro Marcelo Queiroga afirmou que os imunizantes começarão a chegar ao país na segunda quinzena de janeiro.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso da vacina Comirnaty, da Pfizer, em crianças em 16 de dezembro e, desde então, há muita resistência por parte do governo federal, com falas do presidente que questionam a segurança do imunizante. O governo abriu uma consulta pública sobre a vacinação em 23 de dezembro e foi encerrada no último domingo, 02.
Na próxima terça-feira, 04, a pasta fará uma audiência pública para discutir a vacinação nessa faixa etária. O ministro Queiroga já afirmou que pretende anunciar uma decisão no dia seguinte, 05 de janeiro.
Essa é a data-limite para o governo se manifestar sobre a inclusão de crianças no Plano Nacional de Imunização (PNI), conforme decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski no último dia 20. Na ocasião, o ministro acatou um recurso da Advocacia-Geral da União (AGU) sobre o prazo para que a União informe sobre a imunização de crianças. Anteriormente, ele havia concedido até 48 horas para manifestação do governo.
Antes disso, na última sexta-feira, a ministra do STF Cármen Lúcia estabeleceu o prazo de cinco dias para que o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se manifestem sobre o ato que determinou a realização de consulta pública para vacinação contra a Covid-19 em crianças. A decisão foi no âmbito de uma ação que questiona a intenção da consulta, que afirma que o governo pretende adiar a vacinação dessa população.
Com informações Correio do Povo