Com a virada de ano, novas oportunidades surgem. Mas no que depender dos aspectos econômicos, 2024 será de crescimento morno e, no setor primário, impactos maiores. Venâncio Aires tem no setor primário importante eixo da economia, em especial ligado a produção de tabaco e de proteínas.
Entidades representativas de setores produtivos do Rio Grande do Sul divulgam projeções para a economia do estado e do país. Cautela será a palavra de ordem, em especial para regiões que têm o agronegócio como propulsor econômico, os efeitos climáticos seguirão interferindo na economia, exigindo melhor avaliação de investimentos e baixa na produção. Fecomércio/RS e Farsul estimam crescimento no PIB ao longo de 2024, porém, apontam para riscos de endividamento e congelamento de investimentos privados.
Apesar das projeções da Fecomércio-RS para um ano morno, as estratégias adotadas pelas empresas serão um diferencial para novas oportunidades. “O cenário econômico para 2024 têm-se desenhado morno, nada muito diferente do que já estamos acostumados no Brasil. Porém, para esquentar essa economia, é necessária uma injeção de energia. No próximo ano, as estratégias adotadas na gestão das empresas serão as responsáveis pelo seu crescimento,” comenta a economista-chefe da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Sistema Fecomércio-RS), Patrícia Palermo.
A profissional revelou que o cenário é de otimismo a curto prazo, mas as mudanças climáticas provocam uma incerteza em uma expectativa de longo prazo. “Nosso país é muito forte na agropecuária. Esses eventos climáticos que estão assolando o nosso país podem influenciar diretamente na inflação dos alimentos, principalmente naqueles in natura”, explicou.
AGRO
A Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), durante coletiva de imprensa no início de dezembro, detalhou as projeções econômicas voltadas ao setor do agronegócio, propulsor da economia brasileira. Para a entidade, o PIB do Brasil deve crescer no próximo ano, 1,17%. Porém, as riquezas geradas pela agropecuária terão queda de 3,35%. Já no setor da indústria, o crescimento será de 1,10%, e os serviços, com crescimento de 1,60%.
No Rio Grande do Sul o cenário é mais positivo, com crescimento geral do PIB de 5,49%. A Farsul recomenda cautela dos produtores e empresários. Segundo as projeções da entidade, a economia global está com riscos.
Alta do juros, quebra do setor imobiliário chinês e recessão global, acendem o alerta. Para isso, a federação recomenda que os produtores garantam margem financeira para operações de safra, aumento da liquidez, fortalecimento de caixa, evitar investimentos não planejados, redução de endividamento de curto prazo e aumentar a eficiência das operações.