Uma união de forças foi formalizada para garantir a identificação de famílias que vivem no perímetro rural e não estão incluídas em programas sociais. Para os que mais precisam, o Governo Federal não consegue destinar ajuda. Buscando minimizar os problemas e alcançar as mãos de famílias que vivem abaixo da linha da pobreza, a Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação, junto com a Emater/Ascar de Venâncio Aires, vão se unir e identificar pessoas que podem se enquadrar nos programas sociais.
Segundo relatório do Ministério do Desenvolvimento Social, a Capital do Chimarrão possui, ainda, cerca de 100 famílias que não são contempladas com benefícios, apesar de terem direito. Por outro lado, até abril deste ano foram destinados, por exemplo, R$ 617,2 mil para o Bolsa Família no município. São 2,3 mil beneficiários cadastrados.
Conforme o secretário da Desenvolvimento Social, José Arnildo Camara (PTB), o convênio com a entidade de extensão rural permitirá a identificação de pessoas que vivem atualmente abaixo da linha da pobreza. “Por vezes, para os técnicos da secretaria é mais difícil chegar até estas propriedades. Com esta parceria, e o contato que o pessoal da Emater possui no interior, vamos conseguir chegar em quem precisa.”
De acordo com o chefe da pasta, o interior do município é atualmente o local onde existem mais pontos de pobreza. “Na cidade acaba sendo mais fácil o acesso. Mas no interior já identificamos alguns locais com famílias que podem receber apoio do governo. Estamos falando de pobreza extrema, e por isso precisamos identificar estas pessoas.”
Visitas às localidades do perímetro rural ocorrem de forma conjunta, entre técnicos da assitência social, psicólogos e técnicos agrícolas.
AMPLIAÇÃO
Além desta parceria, a Secretaria também quer ampliar o trabalho de identificação dos pontos de pobreza, com os contatos de associados das entidades sindicais. O Sindicato Rural e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais também deverão ser contatados para formalizar convênios e parcerias.
PROGRAMA
A equipe da Emater é composta pelos extensionistas sociais, Lissandra Rebelatto e Rodrigo Antunes. Eles são responsáveis pela identificação de famílias que estão aptas a receber recursos por meio do Programa Fomento Rural (Fomento às Atividades Produtivas Rurais) que contribui com a estratégia de inclusão produtiva, apoiando os investimentos produtivos de famílias rurais que se encontram em situação de pobreza.
“Esta é uma estratégia do governo para garantir auxílio das famílias com o fomento das atividades agrícolas. Estamos na etapa de identificação, e neste primeiro momento 29 famílias serão contempladas,” explica Lissandra.
O valor que alcança até R$ 2,4 mil pode ser usado para a construção e reformas, compra de máquinas para agricultura ou animais para as propriedades. Para isso, o Governo Municipal finaliza o cadastro de famílias que se enquadram na iniciativa.
Podem participar do programa as famílias de agricultores em situação de extrema pobreza (ou seja, que têm renda familiar mensal de até R$ 85 por pessoa) ou as famílias na condição de pobreza (com renda familiar mensal de até R$ 170 por pessoa), a depender da modalidade.