Nino Paixão insere um gás na autoestima dos professores

Janine Niedermeyer
maio11/ 2017

A terceira conferência do IX Fórum Internacional de Educação e XIII Fórum Nacional de Educação em Venâncio Aires arrancou bons sorrisos do público de professores. Realizada ao longo da tarde desta quinta-feira, 11, a palestra com José Meciano Filho, conhecido também por Nino Paixão abordou a neurociência, mas de uma maneira dinâmica com os docentes e interativa.

Professor Doutor em neurociência pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), abriu o encontro com atividades com todo o grupo. Primeiro pedindo um canto de parabéns à Venâncio Aires e a proposta de abraçar quem estava ao lado e brincou que percebeu em alguns, situações com abraços de SUS, dado sentado, sem levantar a bunda da cadeira.

Nino tratou da relação Felicidade x Doença, iniciando por situações em que saímos da nossa zona de conforto. Usou como exemplos os domingos à noite, em que em determinada hora começa a ansiedade, seguida do medo e a insegurança do dia seguinte por compromissos que temos pela frente. Aliado a isso incrementou o estresse, que afirmou ser uma coisa boa, que nos mantém alerta, mas não pode ser algo diário. “O estresse todos os dias te leva a depressão. Uma pesquisa recente mostrou que 20% dos brasileiros, 40 milhões, são ansiosos”.

Com o destaque para o dizer “Trabalho bem, isso me faz bem”, o conferencista entrou na questão direta aos professores, que são dois tipos de aula dadas: as expositivas e as dedutivas, onde nos casos de exposição talvez seja o mais fácil aos docentes, porém, nem tão bom ao cérebro, onde ficam no blá blá blá. Na dedução, o desafio é despertar a atenção e ativar as redes neurais.

Ele exemplificou com uma pesquisa feita pela própria Unicamp, com a participação de professores afastados da sala de aula por problemas de depressão, onde em 82% dos casos seus problemas eram oriundos de situações de aulas expositivas. Segundo Nino Paixão, não podemos ficar vivendo diariamente nossos problemas.

A tarde de abertura do Fórum nesta quinta-feira, 11, ainda teve apresentações de duas turmas de cursos técnicos do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul), que tem aulas de música, além de uma dupla na voz e teclado.

Foto: Maicon Nieland/ Olá Jornal

Janine Niedermeyer