Município possui 41 notificações de sintomas pós-vacina, e saúde alerta necessidade de comunicar casos

Olá Jornal
junho07/ 2021

Pessoas que tiveram sintomas após serem vacinadas contra a Covid-19 devem comunicar a equipe de saúde municipal. A orientação é que se dirijam até o Posto de Saúde Central para repassarem as informações. A comunicação do chamando evento adverso precisa ser feita pessoalmente para que, em caso de necessidade, já haja encaminhamento de exames.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), evento adverso é qualquer ocorrência médica indesejada após vacinação e que, não necessariamente, possui uma relação causal com o uso de uma vacina ou outro imunobiológico (imunoglobulinas e soros heterólogos). Pode ser qualquer evento indesejável ou não intencional, isto é, sintoma, doença ou um achado laboratorial anormal.

As bulas das vacinas aprovadas trazem uma lista de quais são os eventos adversos esperados, com base na análise dos estudos clínicos. Esses eventos podem ser considerados “muito comuns”, quando chegam a ser mais frequentes que um a cada dez vacinados; “comuns”, quando podem afetar até um a cada dez vacinados; e “incomuns” quando afetam um em cada 100 vacinados.

Os eventos adversos “muito comuns” previstos na bula da CoronaVac são dor de cabeça, cansaço e dor no local da aplicação. Na bula da Oxford AstraZeneca são sensibilidade, dor, sensação de calor, fadiga, calafrio, dor de cabeça e enjoos. Todos esses e quaisquer outros devem ser comunicados.

CASOS
Segundo a enfermeira, Roselene Heinen, os sintomas mais frenquentes relatados até agora em Venâncio Aires são dor no corpo, cansaço, febre e dor local. “O que é comum segundo as orientações do Ministério da Saúde”, avalia. Ela ressalta que nem todas as pessoas que tiveram sintomas estão relatando os casos.

Até quarta-feira, 02, haviam sido notificados 41 eventos adversos, sendo que 16 estão em aberto ainda dependendo de avaliação do Ministério da Saúde. Nove foram encerrados com orientação do Ministério de manter o esquema de vacinação, sendo que três desses já foram contatados pela equipe do município para aplicação da segunda dose.
Os dados são acompanhados pelo setor de Vigilância Epidemiológica do Município.

Houve uma notificação considerada grave, por falta de ar com tromboembolismo pulmonar (uma ou mais artérias pulmonares ficam bloqueadas por um coágulo sanguíneo). O paciente se recuperou em um dia após procedimentos médicos.

Os casos são comunicados ao Ministério que decide sobre o encaminhamento necessário. Conforme manual federal de Vigilância Epidemiológica de Eventos Adversos Pós-Vacinação, os profissionais de saúde deverão comunicar dentro de 24h a ocorrência do nível local até o nacional.

ESTADO
No Rio Grande do Sul, de 18 de janeiro até 29 de março foram inseridas 4.945 notificações de eventos adversos após a vacinação contra a Covid-19. A predominância é de eventos não graves, com 97,1%. A incidência em mulheres (3,72/1.000 doses) é cerca de duas vezes maior do que em homens (1,59/1.000 doses). Entre as 11 principais patologias graves, as mais recorrentes foram Covid-19, Acidente Vascular Cerebral, Infarto Agudo do Miocárdio e Pneumonia. Até o dia 29 de março foram aplicadas 1.551.232 doses.

FOTO: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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