Mulheres ocupam cada vez mais profissões tradicionalmente masculinas

Olá Jornal
março09/ 2019

A maioria das profissões encontradas atualmente no mercado de trabalho, já não são mais exclusivamente femininas ou masculinas. Mesmo que as modificações ocorrem de forma lenta, nos últimos anos, cada vez mais, as mulheres estão ocupando cargos que antes, eram destinados apenas a homens.
Hoje, elas estão presentes em todas as áreas de atuação, são motoristas, pedreiras, seguranças, frentistas, mecânicas, eletricistas, engenheiras, cientistas, policiais, bombeiras, além de outras profissões.
A pedreira venâncio-airense Leodária Gonçalves Pozeebon, é um exemplo disso. Ela que trabalha na área de construção há sete anos, juntamente com o seu marido Tiago Pozeebon, destaca que ama o que faz e que não se vê trabalhando em outra coisa.
Leodária explica que começou auxiliando o marido quando faltava gente para trabalhar na obra, já que estava desempregada, e assim foi aprendendo a fazer todas as atividades. “Hoje, eu faço de tudo, desde misturar massa de cimento até levantar uma parede”, complementa.
Motorista de ônibus desde 2017, Marciani Stoll, também é uma das tantas mulheres que atuam em profissões ainda consideradas masculinas. A moradora de Mato Leitão, explica que sempre gostou muito de veículos grandes e que um dos seus sonhos, era um dia poder dirigi-los. “Batalhei muito para hoje ser profissional desta área”, afirma.
Ela lamenta que este processo foi muito difícil, já que, no ambiente de trabalho passou por diversos tipos de preconceito por ser mulher. Mas, justifica que isso só a fortaleceu e fez com que ela fosse com mais vontade ainda atrás de seus objetivos. “Tive muito apoio dos meus filhos, e eles tem orgulho de falar que a mãe deles é motorista de ônibus”, comemora.
Mas apesar de toda a evolução no mercado de trabalho, uma parte das mulheres ainda tem que passar por dificuldades que muitos homens não encontram, tais como o equilíbrio entre atividades domésticas, o emprego fora de casa e a diferença salarial presente na maioria das empresas.

TRABALHO
A psicóloga Liciane Diehl e professora da Universidade do Vale do Taquari (Univates), que possui experiências em Psicologia, Organizações e Trabalho; Saúde Mental e Trabalho e na área de Gestão de Recursos Humanos, analisa que embora as profissões tenham sido identificadas, ao longo dos tempos, como femininas ou masculinas, esta é uma questão que deve ser transposta.
Para ela, a atenção deve ser voltada as vagas de emprego que se distinguem como femininas e masculinas, sendo assim, violam às leis que proíbem a discriminação sexual. “Um número significativo de empresas opta pela contratação de homens, tendo em vista a licença-maternidade e as ausências ao trabalho decorrentes dos cuidados eventuais com a saúde dos filhos. Nesse aspecto, ainda não foi conquistada a igualdade de papéis”, complementa.
Além disso, Liciane destaca que no contexto organizacional são identificadas diversas formas de preconceito e violência, que ainda são veladas no ambiente de trabalho. “Um exemplo disso são piadas de cunho machista e o assédio sexual”, finaliza.

CONFIRA O VÍDEO:

Para comemorar o dia 08 de março, o Dia da Mulher, o Olá Jornal entrevistou duas mulheres que atuam em profissões ainda caracterizadas masculinas para contarem suas histórias.Confira o vídeo ⬇️⬇️

Posted by OLÁ Venâncio on Saturday, March 9, 2019

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