O Movimento pela Educação é uma iniciativa da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul que busca melhorar a qualidade do estado. Com encontros realizados em nove regiões do estado, o projeto tem reunido pais, professores, especialistas e lideranças regionais para discutir os desafios e buscar soluções para transformar a educação. O encontro de encerramento previsto para o dia 18 de outubro, em Porto Alegre, o Movimento pela Educação entra em sua reta final.
Após o último encontro, um marco legal, com mudanças na legislação e projetos para a qualificação do ensino será votado. Conforme o presidente da Assembleia Legislativa, Vilmar Zanchin (MDB), a proposta é apresentar e votar o documento até novembro. Nele estarão políticas de estado, objetivando colocar o Rio Grande do Sul em cenário de destaque educacional novamente.
“O Movimento pela Educação oportunizou às lideranças regionais apresentarem as suas ideias, em conjunto com lideranças governamentais. Foi um projeto que uniu não só os deputados, mas também outros poderes. Tivemos encontros regionais com debates de qualidade, com a reunião de especialistas e pessoas qualificadas que abordaram o tema,” ressalta.
EIXOS
Conforme Zanchin, um dos principais eixos identificados é o esforço coletivo para melhorar a aprendizagem das crianças no segundo ano do ensino fundamental. Atualmente, cerca de 45% das crianças gaúchas nessa faixa etária não são consideradas alfabetizadas ou têm desempenho abaixo do desejado. Para reverter essa situação, será proposta uma legislação que estabeleça esse objetivo como política de Estado, independentemente do governo vigente.
Outro eixo é a ampliação do ensino em tempo integral. Atualmente, apenas 3% das matrículas no estado são em escolas com ensino integral, enquanto a média nacional é de 15%. Propõe-se a criação de até 600 escolas com ensino em tempo integral até 2026, seguindo o exemplo de Pernambuco, onde quase 60% das crianças estão em escolas de tempo integral.
Além disso, há o objetivo de ampliar as escolas com ensino profissionalizante, com a proposta de escolas regionalizadas que contam com a participação da iniciativa privada. Também será criada uma escola de formação continuada e tecnológica para os professores da rede estadual, para a qual a Assembleia vai alocar recursos.
CONTINUIDADE
Após o encerramento do Movimento pela Educação, o trabalho de melhorar a qualidade do ensino no Rio Grande do Sul continuará. Tanto o Legislativo como o Executivo terão um caminho, com sugestões e propostas para serem implementadas. A proposta do deputado é de manter a área da educação em destaque no Parlamento gaúcho.
“Como nunca ocorreu no Rio Grande do Sul, existe uma sinergia em favor da educação, envolvendo o governo, a Assembleia, os próprios municípios. As pessoas estão falando que nós precisamos melhorar a qualidade da educação, porque esse mundo que nós estamos vivendo aí, altamente desafiador, inovador, competitivo, se tu não tiver capital humano, as pessoas preparadas, você vai ficar para trás,” conclui.
ROTEIROS
O Movimento pela Educação passou por Marau, Restinga Seca, Santana do Livramento, Bento Gonçalves, Santa Cruz do Sul, Santo Ângelo e Osório. Para contemplar as nove Regiões Funcionais do Estado, a série de encontros terá seu evento final em 18 de outubro, no Teatro Dante Barone, em Porto Alegre.
O levantamento de informações obtido nesses encontros será somado ao trabalho que o presidente Zanchin está realizando junto de sua equipe técnica. Com o apoio de consultores renomados nacionalmente, como a professora Claudia Costin, o ex-ministro Rossieli Soares, entre outros, será formulado um Marco Legal da Educação Gaúcha.