O Comitê das Nascentes de Venâncio Aires é um aliado na proteção das bacias hídricas do município. O foco inicial é na proteção das fontes que abastecem o Arroio Castelhano. Para este ano a meta do grupo, criado em 2018, é de garantir investimentos de proteção e recuperação de 15 nascentes. Ao longo da história do comitê já foram realizadas melhorias de recuperação em 37 nascentes.
Essa caminhada de recuperação das nascentes, que já ocorre há cinco anos, busca garantir água de qualidade para as comunidades do perímetro rural, mas também preservar a principal fonte de captação de água utilizada pela Corsan, para atender os mais de 22 mil imóveis conectados à rede de abastecimento.
O trabalho de proteção das fontes de água ocorre a partir de união entre poder público, iniciativa privada e entidades de assistência rural. Em 2019, foi firmada parceria com a Emater/RS Ascar, principal entidade no estado em projetos de recuperação e proteção de olhos d’água. Se somaram à causa o Rotary Club, as secretarias municipais do Meio Ambiente e de Desenvolvimento Rural, Corsan e empresas privadas, entre elas a CTA Continental. Com recursos garantidos, o trabalho já viabilizou a recuperação de quase 40 nascentes catalogadas.
Conforme o presidente do Comitê das Nascentes de Venâncio Aires, Rui Delsio Schwinn, o comitê também passou por alterações, para garantir maior abrangência na cidade. “Modificamos o nome do Comitê para Comitê das Nascentes de Venâncio Aires para atender problemas nascentes que fazem parte de outros arroios, como o Taquari Mirim e Arroio Sampaio. E inclusão da Secretaria da Assistência Social que está projetando auxílio com um pedreiro e operário para recuperação das nascentes.”
Segundo o coordenador dos trabalhos, só no Arroio Castelhano são cerca de 183 nascentes identificadas. “Mas esse número com certeza aumentaria consideravelmente, se tivesse uma equipe para fazer esse levantamento,” destaca.
FUTURO
Entre os programas para o futuro das ações de proteção aos pontos de nascentes está o Pagamentos Por Serviços Ambientais (PSA), que remunera agricultores que realizam a proteção de cursos d’água nas propriedades. Iniciativa como essa já é realidade em Vera Cruz, a partir de financiamento feito pela Philip Morris.
“O que se está projetando para o futuro é que as nascentes que têm maior volume de água possam ser beneficiadas com o PSA, como produtores de água,” comenta o gestor do comitê.
ESTIAGEM
Após o período de estiagem, Schwinn comenta a importância do projeto, já que não ocorreram perdas nas unidades conservadas a partir dos programas de recuperação. “Nas nascentes não protegidas houve perdas sim da água,” explica.