Mercur completa 97 anos com atuação voltada à responsabilidade social e ambiental

Olá Jornal
junho14/ 2021

Insatisfeitos com o rumo que a Mercur, indústria que atua nas áreas da saúde e educação havia tomado, seus diretores, hoje denominados facilitadores, começaram um processo de transformação há 13 anos. Mergulharam no passado para compreender como agir no presente, reviram seus valores, suas práticas e adotaram um novo modelo de gestão. Agora, ao completar 97 anos a empresa comemora o novo rumo – que aposta na humanização de suas práticas, com uma forte responsabilidade socioambiental priorizando o fazer junto – além de apostar na inovação. 

Conhecida como a primeira Virada da Chave, a mudança do modelo de gestão da Mercur ocorreu em 2009. Orientada por uma consultoria que trabalha estratégias de negócio alinhadas aos pilares da sustentabilidade, a organização passou a pensar sua atuação levando em conta seus impactos econômicos, humanos,  sociais e ambientais. 

Isso fez com que desenvolvesse uma série de direcionadores para pautar sua atuação conectadas a um propósito: um mundo de um jeito bom pra todo o mundo. “Passados 13 anos do início deste último movimento de mudanças na Mercur, me sinto muito feliz em poder afirmar que, sim, é possível direcionar a atuação de uma empresa industrial para que ela trabalhe de forma ética e responsável com relação às necessidades humanas, sociais e ambientais do nosso planeta. Estabelecer como propósito de trabalho a  valorização da vida, tem o poder de transformar nossa perspectiva de servir ao próximo”, celebra o facilitador da Mercur, Jorge Hoelzel. 

Confira algumas ações da empresa nestes 13 anos da virada de chave:

Em função das pessoas 

  • Modelo de gestão mais horizontal e circular do que vertical. Os cargos de chefia foram abdicados para privilegiar o diálogo e a cooperação entre todos “A gente só consegue unir pessoas para construir soluções sustentáveis quando estamos no mesmo nível de conversa”, comenta Hoelzel. Essa mudança teve impactos em diversos aspectos da organização, pois exigiu uma mudança cultural, como no setor de Talentos Humanos.
  • Cocriação: Essa ferramenta colaborativa passou a ser utilizada pela empresa em diversos processos. A primeira experiência foi com o público externo no desenvolvimento de produtos com o projeto Diversidade na Rua e depois se expandiu. Dessa forma, os produtos da empresa deixaram de se basear apenas em movimentos de mercado para se centrar nas necessidades das pessoas. Um exemplo disso, são os Facilitadores de Atividades de Vida Diária. Voltados a atender as necessidades de pessoas com deficiência, eles surgiram de conversas, diálogos, trocas e momentos de cocriação com esse público, seus familiares, profissionais da educação e saúde, e técnicos da Mercur. Posteriormente, a cocriação também passou a ser utilizada internamente para a construção coletiva de decisões. 

Ética em todas as relações 

  • Produtos que não valorizam a vida. Já na busca pela ética em todas as suas relações, a Mercur precisou abrir mão de alguns itens, pois considerou que eles não estavam de acordo com seus princípios – valorização da vida. A empresa abriu mão da comercialização de produtos para indústrias de tabaco, armamentos, entre outras. 
  • Licenciados. Sua linha de produtos licenciados, com famosos personagens infantis, também foi cortada. Nesse ponto, a compreensão foi, após escuta de educadores e pais, que eles não contribuíam de maneira saudável na educação. Essa foi uma das primeiras medidas relacionadas ao público infantil que a empresa tomou e que desencadeou uma série de outros debates e práticas, como a não realização de publicidade voltada para esse público e deixar de usar imagens de menores de 16 anos em seus materiais de comunicação.  Toda essa trajetória resultou no Guia Jeito Mercur de Relacionamento com o Público Infantil, lançado em 2020. 

Preservar para a posteridade 

  • Carbono neutro. Em 2009, a empresa passou a monitorar as emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE) gerados nas suas operações e de seus parceiros. Para reduzir essas emissões, passou a utilizar modos alternativos ao rodoviário (como a cabotagem, por via marítima) para transportar produtos e matérias-primas, além de iniciar o plantio de árvores nativas, a fim de compensar os impactos negativos que não podem ser reduzidos. Para cada tCO2e (tonelada de CO2 equivalentes), são plantadas 6,3 árvores, tornando a Mercur uma empresa Carbono Neutro.
  • Diminuição de plástico. A empresa iniciou um trabalho para reduzir e eliminar o plástico nas suas embalagens e produtos. Em cinco anos, deixou de utilizar 216 toneladas de plástico. 
  • Borracha nativa Outro projeto que surgiu após a virada de chave foi o Borracha Nativa. A iniciativa, viabilizada por meio de parcerias com organizações da sociedade civil, comunidades indígenas e ribeirinhas, garante a compra de borracha natural extraída de seringais nativos da região para a fabricação de diversos produtos. Dessa forma, a Mercur vem contribuindo com a manutenção do modo de vida  dos seringueiros, e com a conservação de um mosaico de áreas protegidas no médio Xingu, município de Altamira (PA), com área de 8 milhões de hectares. 
  • Nacionalização da Linha Apoio. A nacionalização da produção linha de apoio da empresa, que teve início em 2020 com o lançamento da nova Muleta Canadense Fixa, também faz parte desse movimento. Ela busca reduzir os impactos ambientais ocasionados pela importação de produtos, além de priorizar matérias primas sustentáveis e reduzir o uso dos insumos esgotáveis. O novo modelo da Muleta, por exemplo, utiliza  24% menos alumínio. 
  • Bolsa Térmica Natural, o primeiro produto 100% renovável da Mercur. Ela é feita com caroços do açaí da Palmeira Juçara e revestida com uma macia camada de algodão orgânico. Produzidos por agricultores agroecológicos, esses insumos representam mais uma fonte de renda para centenas de famílias que auxiliam na preservação dos biomas em que se inserem. “Toda a transformação que vem sendo vivida pela Mercur está sendo construída e conduzida pela atuação das pessoas com as pessoas. Todos estamos aprendendo que para sustentar a vida no planeta é fundamental que a caminhada de cada indivíduo seja construída com os outros, a partir dos seus contextos de vida”, reflete Hoelzel. 

Unindo pessoas e organizações

  • Lunetas Avista:  surgiu de uma vontade de ampliar os olhares, ser plural e conhecer de perto as infâncias do Brasil. O evento promoveu conversas sobre como os adultos podem propiciar um ambiente seguro para que as crianças apenas “sejam”? e quais os desafios para criar condições para que essa potência seja alcançada. Além disso, cocriou e participou de  cursos com a Universidade de Santa Cruz do Sul, a Universidade do Vale do Rio Dos Sinos, entre outros parceiros, para compartilhar suas experiências e aprendizados. 
  • Inovação. Agora, seu objetivo é contar com esses parceiros, além de startups, empresas e universidades para uma nova transformação: ampliar sua capacidade de inovação. A empresa quer renovar sua cultura interna, incentivar o intraempreendedorismo e cocriar novos produtos, serviços e soluções.

“Queremos inovar para valorizar a vida. Nesse processo pelo qual passamos há 13 anos, nosso trabalho deixou de ser apenas uma forma de ganhar dinheiro e passou a ser uma ferramenta de valorização da vida. Hoje, nosso desafio é garantir a continuidade deste jeito de ser em um contexto competitivo de mercado e crise econômica, operando sempre conforme os nossos Direcionadores”, afirma Douglas Hoelzel Hermes que atua no Projeto de Inovação e na Coordenação Financeira da empresa. Quem desejar contribuir com esse projeto pode entrar em contato com a empresa através do site: bit.ly/DesafiosMercur.

CRÉDITO: AI MERCUR

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