Depois de três anos, o Brasil dá sinais de recuperação no mercado de trabalho. Mesmo com 13,7 milhões de desempregados, o número de 381.116 mil empregos no acumulado do ano de 2018 começa a se aproximar dos 543.231 mil de 2014, ano anterior a crise. De lá pra cá foram dois anos de saldo negativo, ou seja, mais demissões do que admissões.
Em maio de 2015 o saldo negativo era de 243.948 mil vagas. No mesmo período de 2016, o índice ficou ainda mais negativo em 448.101 mil postos de trabalho. Em 2017, o acumulado do ano ficou positivo novamente em 48.543 empregos. Passados três anos, o índice cresceu e, apesar de ainda estar longe do que foi em 2014, inicia um processo de recuperação.
Na avaliação da economista-chefe do sistema Fecomércio, Patrícia Palermo, o cenário está melhorando embora não seja suficiente para melhorar o clima econômico do país. “É como uma fila que anda devagar. Quem está nela não sente a movimentação,” exemplifica.
A economista reconhece que a consistência na renda não empolga, mas afirma que o há um processo de recuperação e deixa um recado para empregadores e empregados. “Ao empresário eu diria que com a crise muitas pessoas estão no mercado e por isso é hora de repensar e reestruturar as equipes. Para o trabalhador, minha dica é que existem possibilidades de contratação mas para isso é preciso muito empenho”.