O deputado estadual Marcus Vinícius de Almeida (PP) anunciou nesta terça-feira, 25, que irá encaminhar ofício ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e à Polícia Federal para saber os motivos das recentes operações realizadas em pequenas propriedades fumageiras da região do Vale do Rio Pardo, especialmente nos municípios de Passo do Sobrado e Venâncio Aires. O parlamentar utilizou o período das comunicações da Assembleia Legislativa para manifestar sua contrariedade.
“Nas últimas semanas, os produtores têm sido surpreendidos com ações do MPT em suas propriedades sobre uma possível atuação desordenada que se assemelhasse ao trabalho análogo à escravidão. Isso tem deixado produtores apreensivos porque. em primeiro lugar, nada tem a ver com essa atividade. Segundo, porque a atuação do MPT deve ser motivada por alguma razão, evidências ou denúncia”, disse o progressista.
Marcus Vinícius afirmou que a fumicultura é uma atividade sazonal de grande exigência física, e muitas vezes requer o trabalho de famílias em horários diversos dos praticados no serviço público ou na iniciativa privada. “O agro não para, mas nem por isso o agro cansa. O que faz o agronegócio cansar são as incertezas, as ameaças trazidas muitas vezes por um discurso politicamente correto que não conhece a realidade”, pontuou.
O parlamentar rechaçou a existência de uma epidemia de trabalho escravo no Rio Grande do Sul. “Os produtores estão cansados desta intimidação. Precisamos ter equilíbrio e ponderação”, declarou. Ele ressaltou o respeito à função institucional do MPT e destacou que não irá descredibilizar qualquer ação anterior. “Mas tudo merece uma explicação, sobretudo quando milhares de famílias trabalham no campo e começam a sentir medo de exercer uma atividade que fazem há séculos”, finalizou.
Crédito: AI PP/RS