O projeto que traz mais restrições à produção, apresentação e comercialização de cigarros e outros produtos para o fumo é visto pela multinacional Souza Cruz como um terrível impacto na cadeia produtiva formal e demais setores envolvidos no Brasil. O PLS 769/2015, do senador José Serra (PSDB-SP), veda a propaganda de cigarros e outros produtos para o fumo e proíbe o uso de aditivos de sabor e aroma. Além disso, padroniza as embalagens de cigarro, consideradas uma forma de publicidade, e prevê como infração de trânsito o ato de fumar em veículos quando houver passageiros menores de 18 anos.
Para o diretor de tabaco da Souza Cruz, Dimar Frozza, a matéria provocará impacto negativo sobre o produto legal fazendo com que a competitividade seja ainda menos justa uma vez que o produto contrabandeado não terá as restrições de imagens estampadas na carteira. “A gente acha que este projeto ainda vai ser debatido, não sei se vai ter sucesso é uma questão de definição política do Brasil”.
A discussão do contrabando, que hoje chega a 54% dos cigarros consumidos no Brasil, é considerada mais urgente pela multinacional. “Eu acho que antes disso teríamos que resolver um problema ainda mais sério que é a metade de todo o cigarro que circula por aqui a gente não sabe onde foi feito, que controle teve, e pior gera emprego em outros lugares, gera crime aqui e não gera imposto”, avalia Frozza.